Semana para aparar as arestas

Depois de uma semana de debates acalorados na Câmara de Vereadores, sobretudo entre a presidente do Legislativo, Nicole Weber Covatti (PP), e o líder do governo, Edson Azeredo (PL), a expectativa é de que o clima seja amenizado. Isso porque ocorrerá uma reunião entre a representante da Câmara e o prefeito Sérgio Moraes (PL) para tratar sobre o orçamento e as possibilidades dos dois poderes se ajudarem para enfrentar as dificuldades enfrentadas pela administração. Na tarde de segunda-feira, antes da sessão ordinária, será realizado encontro dos legisladores.

A polêmica na tribuna

A tribuna – não a coluna, mas o espaço de fala no Legislativo – foi palco de forte polêmica na última segunda-feira. Na verdade, foi a explosão de uma bomba que já estava com o pavio queimando há algum tempo. O debate ficou quente entre a presidente Nicole Weber Covatti (PP) e o líder do governo, Edson Azeredo (PL). 

A pauta foi o orçamento do Legislativo e de que forma ele pode ser usado para ajudar o Município a enfrentar as dificuldades financeiras, em especial na área da saúde. Nicole confirmou a antecipação da devolução de R$ 1 milhão para a Prefeitura, dentro da perspectiva de que a Câmara conseguirá fazer sobrar entre R$ 1,8 milhão e R$ 2 milhões neste ano. Azeredo, porém, questionou essa eventual sobra. Apontou que deve superar os R$ 4 milhões, o que possibilitaria ampliar a devolução antecipada para a administração. Além disso, questionou o comprometimento do que já foi anunciado pela presidente.

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Asan lamenta situação

Esse imbróglio sobre o orçamento acabou envolvendo o nome da Associação de Auxílio aos Necessitados e Idosos de Santa Cruz do Sul (Asan). A presidente da Câmara teria acordado com a diretoria da entidade repassar R$ 150 mil, valor necessário para o fechamento das contas em 2025. Mas o Legislativo não tem como fazer esse repasse direto, apenas via Executivo. Na Prefeitura, disseram não ter recursos para fazer essa destinação. Isso ampliou a polêmica, porque a vereadora Nicole pediu, na tribuna, a parceria do prefeito. Sobre isso, a Asan publicou nota em que lamenta ter sido citada e o fato de estar no meio do debate político. 

A saia justa de leite

O governador Eduardo Leite (PSD) está em uma caminhada firme na tentativa de disputar o Palácio do Planalto como via alternativa ao lulobolsonarismo. Se não tiver êxito, a eleição para o Senado ainda aparece como possibilidade. No entanto, o mais difícil parece ser a definição de um candidato que dê sequência ao seu governo no Rio Grande do Sul. Ele já anunciou que fará campanha para seu vice, Gabriel Souza (MDB), mas tem a sua amiga e companheira de chapa em Pelotas, Paula Mascarenhas (PSDB), como pré-candidata. E o PSD pode acenar com a possibilidade de incluir um nome (tem Ana Amélia Lemos como forte). 

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Alianças esperadas e possíveis

Na sequência de entrevistas com os pré-candidatos ao Piratini, feitas na Rádio Gazeta FM 107,9, Paula Mascarenhas disse que a intenção é manter unido o grupo que está no governo, definindo nomes dentro da coligação. Nos bastidores, fala-se que um dos aliados, o PP, pode formar coligação com o PL. Covatti Filho pode topar ser vice de Luciano Zucco (PL).

Candidatura do União Brasil

O diretório estadual do União Brasil determinou à executiva de Santa Cruz uma representação local para concorrer a deputado federal. Com isso, o nome do vereador Professor Cleber ganha força para entrar no pleito. Cleber diz que recebeu com orgulho a indicação e se mostra disposto a concorrer à Câmara Federal.  

Agora o partido busca um nome, de preferência local, para uma dobradinha, com um ou uma postulante ao cargo de deputado estadual. Cleber comenta que tem liberdade da liderança estadual para ouvir os candidatos locais para uma futura dobradinha.

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