Já é dezembro! E quero aproveitar o momento de reflexão para compartilhar um exercício. Nesta semana, aproveitei minha condição de produtora para trazer isso como pauta para minhas colegas ao vivo no Chá da Uma, da Rádio Gazeta FM 107,9. Para contextualizar: eu apresento o programa com mais oito meninas, cada uma tem seu dia fixo na semana.

Desde o dia 1º de dezembro, convidei elas e os ouvintes a refletirem como vão lembrar de 2025 daqui a dez anos. Cada uma falou de suas conquistas, mudanças, mas o que mais me chamou atenção foi como elas – e eu – tivemos dificuldade de olhar para trás e enxergarmos tudo que fizemos.

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A maioria ouviu a pergunta pela primeira vez e ficou receosa, não sabia o que falar. Depois, foram lembrando e complementando; algumas me chamaram no dia seguinte para contar as várias coisas a mais que lembraram após o ao vivo. Isso também aconteceu comigo: na segunda-feira de manhã, quando produzia o programa, pensei que não teria grandes feitos para compartilhar, visto que nos anos anteriores, 2023 e 2024, tinha mudado minha vida diversas vezes (saí da casa dos meus pais, mudei de cidade, me formei, mudei novamente, entrei na Gazeta etc). Diante das mudanças, inicialmente pensei que 2025 foi um mero coadjuvante dessa história.

Isso martelou na minha cabeça. No ao vivo, as gurias me devolveram a pergunta e eu citei uma conquista que lembrei na hora: 2025 foi o ano em que voltei a estudar. No resto dos dias, refiz a pergunta às outras participantes. Enquanto elas respondiam, fui lembrando de mais coisas minhas. E o que começou a ser descrito por mim como um ano tranquilo, virou uma surpresa a partir de cada vez que eu repetia a pergunta “o que você fez em 2025”.

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Eu voltei a estudar, troquei de área de atuação dentro da Gazeta, assumi a apresentação de um programa de rádio, fiz minha primeira transmissão, cobri e transmiti programas diretamente de grandes eventos, fiz reportagens especiais e fui reconhecida por elas, me despedi da casa onde morei minha vida toda. Mas também pensei em todas as pequenas vivências, descobertas e também inseguranças que me fizeram aprender em 2025.

Compartilho esse pensamento com vocês, leitores, para gerar uma reflexão, assim como (eu acho) consegui levar até minhas colegas de programa de rádio. Infelizmente, para algumas pessoas, este ano vai significar mais coisas ruins do que boas. Por isso, também a importância de organizar mentalmente o ano e reforçar para si mesmo os grandes e pequenos feitos para avançar em 2026. Que dezembro seja esse mês, que viramos para trás e agradecemos a nós mesmos e aos nossos afetos pelas ações. Deixo então o questionamento, e espero que ele ecoe em vocês até terem uma resposta satisfatória como eu tive. Como você vai lembrar de 2025 daqui a dez anos?

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