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DEPOIS DO "TERCEIRÃO"

A escolha da profissão: uma decisão que vale o futuro

Antônio Py Laste está no 3º ano e sabe o rumo que seguirá depois: a medicina

“Nunca é tarde para recomeçar” e “A vida começa aos 40” são frases que mostram que sempre há possibilidade de se reavaliar as decisões tomadas em relação ao que se pretende no futuro. É claro que acertar na primeira tentativa faz tudo andar de forma, aparentemente, mais tranquila e harmônica. Mas como fazer isso quando se é adolescente? Como tomar a decisão de uma vida, sobre uma profissão, quando há uma série de mudanças, que vão desde as aparentes fisicamente até as que ficam somente no interior?

É a esse desafio que são submetidos os adolescentes, quando chegam no Ensino Médio e deparam-se com a necessidade de escolher o que farão a partir do famoso terceirão. Aluno do Colégio Mauá, Antônio Py Laste está no 3º ano. Ele reconhece que não se trata de um momento fácil. “Acredito que seja uma das decisões mais difíceis para um aluno, hoje em dia, visto a magnitude de oportunidades e caminhos que existem para serem trilhados”, ressalta.

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Apesar dessa variedade de opções, ele está decidido. No ano passado, optou por seguir carreira na área da saúde e praticar a medicina. Conta que o suporte da instituição de ensino foi importante, com orientação individual e auxílio de outras dinâmicas, como a feira de profissões. “Desde a minha entrada no Ensino Médio, consigo perceber uma maior preocupação do colégio para a escolha de uma profissão pelos alunos. Existe suporte psicológico, com os próprios professores regentes orientando-nos e com conselhos extraclasse de outros educadores”, destaca. Todo esse auxílio foi fundamental para a tomada de decisão, afinal, antes de pensar na medicina ele havia cogitado as áreas de engenharia, de economia e até mesmo o setor agrícola.

Jovens atuais têm mais espaço para reflexão sobre a profissão

Gabriela Machado, psicóloga do Colégio Mauá

Gabriela Machado, psicóloga do Colégio Mauá, acredita que os jovens tenham conquistado maior espaço para refletir sobre o que desejam para o futuro. “No passado era muito comum seguir a profissão dos pais, dar continuidade ao legado da família ou escolher uma profissão de ‘bom retorno financeiro’”, relembra. Sabe que isso ainda acontece em algumas ocasiões, mas em número pouco expressivo, pois há maior busca de autoconhecimento para a realização das escolhas de acordo com o estilo de vida que almejam.

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Apesar dessa capacidade maior de reflexão, a adolescência não deixa de ser um período complexo, com os jovens rodeados de dúvidas e incertezas, com as quais nem sempre conseguem lidar. “A famosa crise da adolescência é real e, muitas vezes, perpassa o momento da escolha profissional. Percebo que já no início do Ensino Médio essa preocupação é mais latente. Os adolescentes trazem relatos sobre suas angústias, alguns sentem-se totalmente perdidos, enquanto outros já têm ideia do que almejam para o futuro”, relata Gabriela.

A tomada de decisão de forma mais lenta não pode ser vista com preocupação. “Seja na escola ou no meio familiar, ele precisa saber que tem pessoas com quem contar e compartilhar seus anseios”, acrescenta.

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Um auxílio para a tomada de decisões é o novo Ensino Médio, que propõe a ampliação das discussões sobre as escolhas, o autoconhecimento, as profissões e o próprio mercado de trabalho. “Independentemente do contexto social em que o jovem se encontra, acredito que as reflexões nesse sentido são de grande valia para a tomada de decisões mais assertivas”, diz. Isso é possível a partir da orientação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que trabalha três eixos: pessoal, social e profissional.

Um bom projeto de vida

A psicóloga Gabriela Machado é um dos suportes para os estudantes do Colégio Mauá, sobretudo nesse momento de escolha. Ela entende que o projeto de vida começa a ser construído na Educação Infantil, por meio do trabalho sobre as emoções, iniciando com as mais básicas, que são relevantes para o começo dos relacionamentos sociais. “Esses aprendizados perpassam o Ensino Fundamental, tornam-se mais complexos e possibilitam o desenvolvimento da autoestima e autoconfiança de crianças e adolescentes, ingredientes essenciais para o desenvolvimento de sujeitos autônomos”, frisa.

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O mais importante, ressalta, é não tornar os sonhos impossíveis. “É muito comum ver adultos criticando, zombando ou impondo dificuldades aos desejos das crianças em relação às futuras profissões. Não façam isso!”, alerta. Ela diz que a partir do 8º, 9º ano do Ensino Fundamental, as reflexões sobre a futura profissão começam a se tornar um pouco mais concretas. A demanda fica maior, no entanto, a partir do Ensino Médio, com a proximidade da conclusão da trajetória escolar. “Acredito que o momento ideal é quando incentivamos nossas crianças e adolescentes a acreditarem em si mesmos e em seus potenciais. É quando os adultos estão presentes e prontos para afirmar: eu acredito em você”, enfatiza Gabriela.

Expediente

Edição: Marcio Souza ([email protected])
Textos: Marcio Souza e Marisa Lorenzoni ([email protected])
Diagramação: Rodrigo Sperb

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