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Libido em pauta

Ausência de desejo sexual: entenda motivos e saiba como lidar

Foto: Freepik.com

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Passou o tempo em que a importância de uma vida sexual saudável só poderia ser tratada entre sussurros. Muito pelo contrário: é hora de trazer o assunto cada vez mais naturalmente, às páginas (por que não?) e às claras. Desmistificar o sexo e o prazer é uma das missões da terapeuta sexual Silvana Villa. Natural de Santa Cruz, ela recebe em consultório dúvidas, inseguranças, barreiras e tabus, transformando-os aos poucos em formas saudáveis de viver a sexualidade.

Uma das queixas mais comuns na sala da terapeuta, pioneira na cidade, é a ausência de desejo sexual. Sozinhas ou fazendo parte de um casal, diversas mulheres procuram auxílio para entender e mudar essa realidade, cada vez mais se permitindo conhecer as nuances do próprio prazer.

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Conforme a especialista, a baixa libido é comum e pode ter diversas motivações. Questões de saúde podem estar relacionadas, como uso de anticoncepcional, tratamento contra o câncer ou o uso de antidepressivos. Da mesma forma, a oscilação hormonal pode influenciar no desejo sexual – entretanto, ela ressalta que as mulheres vão sentir o período de formas diferentes.

“Enquanto algumas ficam com a libido maior durante o período menstrual, com outras é o completo oposto”, frisa. A gravidez também afeta a libido, e as experiências são diferentes para cada pessoa.
Algumas mulheres podem ter barreiras ligadas à religiosidade, criação e crenças de gerações anteriores, por exemplo, que as impedem de viver o prazer de forma livre. Dentre todas as razões para a ausência de desejo sexual, no entanto, predomina a mente. Segundo Silvana, “90% das vezes em que há baixa libido, é algo psicológico”.

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Rotina…

“O estresse é o que comanda a falta de libido”, esclarece de pronto a terapeuta sexual. “Baixa autoestima, rotina corrida, mulher sobrecarregada. Todos podem ser sinônimos de baixa libido”, explica Silvana. Preocupações com a casa, os filhos, o trabalho, a rotina como um todo influenciam em grande parte no desejo sexual, especialmente das mulheres.

Os fatores externos podem impedir o desejo e até atrapalhar na hora H. “Às vezes é difícil viver o momento, se concentrar. Sempre digo: ‘O que está fora das quatro paredes se resolve depois’. No momento, é hora viver as sensações”.

Apesar de ser uma questão comum entre os casais e mesmo entre as pessoas solteiras, é importante perceber os sinais de que a libido está deixando a desejar e buscar ajuda. “É interessante procurar trabalhar a mente”, afirma Silvana. “No caso dos casais, estão perdendo o beijo, a conexão. Mas tudo é questão de diálogo e parceria.”

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Silvana Villa: ausência do desejo sexual está ligada ao psicológico em 90% dos casos | Foto: Rafaelly Machado

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…e como sair dela

Se a mente se torna a grande vilã do desejo sexual, especialmente para os casais, há solução. “A primeira coisa que eu indico em casal é voltar a namorar, recriar a conexão dos dois”, detalha a terapeuta. Um ponto importante, claro, é que se encontrem formas de diminuir o estresse, como uma divisão mais justa das tarefas da casa e com os filhos, diminuir a carga de preocupações e buscar viver de maneira mais leve.

Para o momento a sós, é ideal conhecer o próprio corpo e do parceiro ou parceira: “Zona erógena é o corpo todo”. Nessa hora, explorar as brincadeiras, aumentar o tempo de estímulo e redescobrir o prazer é essencial. “Dentro do quarto vale tudo! E até fora dele, explorando a casa e saindo da rotina”, diz. E se for preciso, o uso do lubrificante não deve ser motivo de vergonha. “Muito pelo contrário, às vezes ele é necessário para estimular sem correr o risco de machucar.”

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Desmistificando o sexo e o prazer

O papo sobre a baixa libido não pode ser encarado como tabu, conforme a especialista. Se possível, a conversa deve ser em um momento mais descontraído – e nunca tratada com deboche. “O assunto é sério, mas o sexo deveria ser conversado de forma leve, assim como diversos outros assuntos”, comenta. Com diálogo, observa Silvana, é possível encontrar maneiras de despertar o desejo adormecido.

Além disso, segundo a terapeuta, não é necessário ter nenhuma questão para procurar conhecer o próprio prazer. É claro que ela atende muitos casais nos quais a conexão anda falha, mas pacientes com autoestima baixa ou que simplesmente querem se conhecer melhor sexualmente também podem procurar ajuda. O atendimento pode ser até online. “As pessoas chegam constrangidas, mas logo entendem a importância de falar sobre o assunto.” O contato com ela pode ser feito pelo Instagram, @silvanavilla.terapeuta.

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Sem tabu

Autoconhecimento e autonomia sexual são importantíssimos para uma vida sexual saudável. Conforme a terapeuta sexual Silvana Villa, o toque é parte fundamental da descoberta da sexualidade feminina. “Tudo o que é nosso podemos e devemos tocar. Precisamos conhecer, porque é nosso”, ressalta. “O mais básico de tudo: se olhar. Observar a vulva, conhecer o corpo, se olhar nua no espelho e enxergar a pessoa linda que você é.”

Entender o próprio prazer, saber qual o melhor estímulo, quais sensações você curte é essencial para se conhecer. Nesse sentido, é possível se explorar com as mãos ou com o uso de vibradores (dos mais diferentes modelos). “Se ainda há barreiras, pense que conhecer o teu corpo não faz mal a ninguém. Pelo contrário, só traz benefícios. O orgasmo melhora o sono, a pele, desenvolve a autoestima. Só benefícios”, conclui Silvana.

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Explorando o prazer

O estímulo é ponto-chave para aumentar a libido e curtir a hora H – seja sozinha ou acompanhada. Os brinquedos eróticos, nesse contexto, podem ser um “tempero a mais” para o casal ou uma forma de exercitar o conhecimento do próprio prazer a sós. “A gente teve uma criação cheia de tabus, é importante desmistificar isso tudo”, comenta a proprietária da Loja QCharme, Daiane Limberger Severo, que atua na comercialização de itens eróticos há 12 anos e gerencia três lojas de moda íntima e sex toys.

Segundo ela, as barreiras têm sido quebradas ao longo dos anos, mas ainda há muita resistência em experimentar alguns produtos. A diversificação do mercado, no entanto, também tem colaborado com a naturalização, já que hoje é possível encontrar uma variedade gigantesca de produtos com diferentes funcionalidades.

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Nas lojas de Daiane, as tradicionais bolinhas “que explodem” ainda são vendidas, mas já viraram passado – até por não serem tão indicadas. Os mais procurados são os géis excitantes, de massagem, que vibram, esquentam ou esfriam, que deixam a pessoa brincar com as sensações oferecidas. Além disso, os vibradores continuam em alta, nos mais variados modelos. Confira abaixo algumas dicas de produtos para usar a sós e acompanhada.

Daiane Severo: há 12 anos na área | Foto: Rafaelly Machado

Boas vibrações

Para quem quer discrição e busca um vibrador “camuflável”, esse aqui é perfeito. Ele tem várias opções de velocidade e é supercompacto. O “batom” é recarregável e à prova d’água.


Pequeno, mas com muitas funcionalidades, o vibrador duplo também é recarregável e à prova d’água. Ele vibra nas duas extremidades, com mais de dez opções de vibração, e é flexível. Além disso, vem com controle remoto. Dá para explorar a criatividade sozinha e acompanhada!


Um dos vibradores mais tradicionais, o golfinho é um modelo mais simples. Ele tem só uma velocidade e funciona com pilhas – por isso, não é à prova d’água. Pode valer a pena para quem busca um vibrador mais em conta do que os modelos mais modernos.


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Novas sensações

Falando em novas tecnologias, uma opção para explorar os sentidos é o gel que vibra. Ele é um lubrificante íntimo que tem efeito de vibração. E tem várias opções de sabor: ice, algodão-doce, chocolate, vinho, vodka e chiclete.


Ainda na linha dos géis, o gel estimulante intravaginal promete aquecer a região interna da vagina e gerar contrações, estimulando o prazer feminino.


As lingeries também são boa pedida para usar sozinha – por que não? Dá para seguir a dica da Silvana Villa, de se olhar no espelho e melhorar a autoestima, em um momento de sensualidade. É claro que também serve para quem deseja sair da rotina em casal.

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