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Beta Simon: um reencontro através das artes

Foto: Eugenio Barreto

Roberta Simon, a Beta Simon, sempre soube que a comunicação a partir das artes era o seu caminho. Apesar de não ter sonhado em ser artista, sempre fez e estudou artes, aliando à carreira acadêmica de 13 anos de pesquisas e estudos na área da Comunicação. E foi nas antigas máquinas de escrever, ainda na infância, que Beta Simon começou a brincar com as palavras, transformando-as e dando vida a elas através de poesias. A “Beta, poeta”, brinca Roberta com o trocadilho, nasceu em Santa Cruz do Sul.

Na escola, a aluna “falante e participativa” estava presente em todas as atividades extracurriculares oferecidas pelo Colégio Mauá, onde estudou. Nos esportes, chegou a sonhar em ser jogadora de vôlei. Já nas artes se somam muitas experiências. O primeiro contato com o teatro veio na 4ª série, com 9 anos, e perdurou até o final do Ensino Médio. Mas, muito mais cedo, a dança já havia feito parte da vida dela. Com apenas 2 anos e 6 meses, ensaiava os primeiros passos no ballet. Com 6 anos, antes mesmo de ser alfabetizada, já lia partituras em aulas de piano e de violão.

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Beta escreve poesias e ainda trabalha com música, dança e teatro. Filha de um empresário e de uma professora, Beta sempre foi incentivada pelos pais. Com 43 anos, e após muitas andanças por lugares diferentes, ela escolheu Capão da Canoa como sua morada, em 2017.

O despertar para as terapias

No decorrer do doutorado, Beta desenvolveu burnout. Ela buscou o isolamento social e, por isso, foi morar em Capão da Canoa. “Foi quando toda essa transformação começou.” O período marca o retorno à poesia e à música e a chegada das terapias. “As terapias que escolhi para atuar – Constelação Familiar, Reiki, Meditação e Terapia Sistêmica – são o exercício do não pensar. E aí, a poesia vem.”

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Assim, ela passou a se dedicar ao trabalho com “a arte e a terapia como conexão para uma vida melhor”. Beta se aperfeiçoou nas terapias através de cursos. Ela considera ter se reconectado com a arte de escrever poesias em 2022. No ano passado, lançou o primeiro livro, intitulado Conexão com a vida: sessão poética, com poesias e canções.

Sobre os temas dos poemas e as inspirações, Beta acredita que a linha do existencialismo e de conexão com a natureza se mantém desde as primeiras escritas, lá da infância. Da mesma forma, o questionamento e a inquietação de se conectar com a vida também estão intrínsecos. “Esse exercício, de se conectar, a poesia, as artes e as terapias nos trazem. Uma poesia sem regras, sem normas pré-estabelecidas, culturais, sociais ou normativas, essa é minha bandeira. Não precisamos entender a poesia.”

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Ainda no ano passado, Beta lançou a sua primeira música, Mutum, fruto de uma parceria com o irmão Marcus, também artista. A canção está disponível nas principais plataformas digitais. “Um marco nas nossas vidas profissionais enquanto artistas.” Mutum é uma homenagem ao nascimento do sobrinho, filho do irmão mais velho de Beta e Marcus. O clipe foi gravado em Paraty, no Rio de Janeiro. “O que podemos dizer para uma criança que acaba de nascer? Voa! Seja livre para voar”, reflete acerca dos versos que embalam o single.

Ela e Marcus também desenvolvem uma vivência de arte e terapia, com meditação e terapia do som, chamada “Ser e som”. Além disso, as poesias e canções a levaram a dezenas de participações em saraus culturais.

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E tem novidade vindo aí. Beta lançará uma segunda obra, intitulada Arte de viver. Na música também tem spoiler. Reverberações deve chegar às plataformas digitais em breve. A poesia que dá vida à canção foi enviada ao músico Peter Mesquita, que a musicou. Outros artistas, depois de conhecerem Mutum, também convidaram Beta para fazer letras para suas canções.

Foto: Eugenio Barreto

Os caminhos pela Comunicação

Assim como as palavras, Beta sempre esteve em movimento e em evolução contínua. Na bagagem das muitas experiências acadêmicas na área da Comunicação, ela atuou como aluna, pesquisadora e professora em várias universidades. Formada em Relações Públicas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), trabalhou em São Paulo, onde também fez especialização na USP. De São Paulo, rumou para Brasília para cursar Mestrado na Universidade de Brasília (UnB). Depois disso, morou por quase três anos no Senegal, no Oeste Africano, onde trabalhou, justamente, com a dobradinha “comunicação e artes”.

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De 2015 a 2019 se dedicou ao doutorado em Comunicação na PUCRS com viés antropológico, filosófico e artístico, estudos que se somaram aos seis anos de pesquisas em Antropologia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). E foi durante o doutorado que os caminhos de sua vida rumaram para outras direções.

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