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Cadê os shows?

Foto: Reprodução/Twitter

A emoção de assistir ao vivo um show de um grande ícone da música, alguém de quem somos fãs, é uma experiência única e inesquecível. E eu vivi ela algumas vezes, com artistas nacionais e internacionais. Entre elas, Bonnie Tyler e Lady Gaga, no Rio de Janeiro mês passado. Desde o momento em que os primeiros acordes ecoam e a multidão vibra em uníssono, o coração acelera, tomado pela expectativa e pela euforia pura de estar ali.

Cada música, cada movimento do cantor no palco, traz memórias de momentos vividos, dos quais suas canções eram a trilha sonora. É como se, por alguns instantes, o tempo parasse e estivéssemos conectados diretamente com a essência da sua arte. Literalmente transcendendo ao nostálgico. As letras que nos marcaram ganham vida, e cantar junto com milhares de outras vozes transforma o espetáculo em algo único e mágico.

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Há alguns anos, para concretizar esse sonho, bastava um deslocamento de 150 quilômetros. Porto Alegre sempre foi palco de grandes shows internacionais. No entanto, nos últimos tempos, a capital gaúcha tem ficado de fora da rota dos espetáculos. Alguns dizem se tratar de questões ideológicas por parte daqueles que governam ou governaram a cidade nos últimos anos, descredibilizando a face cultural. Bem, discussão plausível, mas o fato é que, antes disso, a infraestrutura limitada para receber eventos de grande porte é a pedra no meio do caminho.

Os estádios Beira-Rio e Arena do Grêmio têm custos elevados e priorizam o calendário do futebol. Além disso, a logística para trazer equipamentos e montar estruturas no município é mais complexa e cara do que em outras capitais brasileiras. Muitas produtoras, no Sul do país, preferem Curitiba, como será o caso em setembro, quando a cidade receberá a turnê de Katy Perry. Outro fator: o público gaúcho é tão apreciador da música que se desloca para outros lugares a fim de acompanhar os shows. Como resultado, os produtores acreditam que há menos demanda local e, independente de qualquer outra coisa, esse público se fará presente.

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Apesar disso, Porto Alegre continua recebendo artistas nacionais e internacionais de médio porte, que se apresentam em locais como o Auditório Araújo Vianna e o Teatro do Bourbon Country. Mas sinto, profundamente, por POA estar tão descredibilizada neste cenário. A cidade que era destaque nacional em várias frentes deixa para trás mais um de seus diferenciais, permitindo que Rio, São Paulo e Curitiba encham seus cofres com o turismo. Torço para que a capital volte a ser um destino frequente para megashows, tornando sonhos em realidade.

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