Em cartaz nos cinemas de Santa Cruz do Sul, Thunderbolts* era um filme que tinha tudo para fracassar. No momento em que os filmes de super-heróis em excesso tornaram-se um problema e não conseguiam atrair o público às salas, a Marvel trouxe para a telona um grupo de fracassados que, inesperadamente, transformou-se em uma vitória.

O novo longa-metragem da Casa das Ideias surpreendeu a todos ao dar protagonismo a vilões e personagem secundários das suas obras mais recentes (e menos memoráveis) com um propósito ambicioso: formar uma equipe para substituir os Vingadores.

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De Viúva Negra, temos Yelena Belova (Florence Pugh) e seu pai, o Guardião Vermelho (David Harbour) – a versão russa do Capitão América – e a Treinadora (Olga Kurylenko). Também retornam Fantasma (Hannah-John Kamen), antagonista de Homem-Formiga e Vespa, e John Walker (Wyatt Russel), o Agente Americano visto na série Capitão América e Soldado Invernal.

Todos têm algo em comum: já trabalharam em operações secretas para Valentina Allegra de Fontaine (Julia Louis-Dreyfus), personagem vista brevemente em algumas dessas obras, atual diretora da CIA. Na mira do Congresso norte-americano, que estuda removê-la do cargo devido às suas operações ilegais, Valentina decide fazer uma queima de arquivo, de evidências e testemunhas.

Sob a mira da vilã, o grupo precisa unir forças e formar uma equipe improvável para sobreviver. Em uma armadilha, eles encontram um misterioso civil, Bob (Lewis Pullmann), cobaia de um experimento secreto.

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Mas o que explica o sucesso de Thunderbolts? Diferente de obras mais recentes da Marvel, não exige que o espectador tenha assistido a todos os filmes e às séries para entender a história e criar empatia com os personagens. E, apesar da duração mais curta do que outros filmes da Casa das Ideias, o roteiro é bem amarrado e explora minimamente cada personagem. Ainda é bem-sucedido ao desenvolver a construção da nova equipe. Thunderbolts mostra que não se precisa de histórias mirabolantes e filmes longos para fazer sucesso. O maior superpoder está na força do roteiro e dos personagens.

SERVIÇO

• Cine Santa Cruz – Sala 1:
• 14h15, 16h40 e 19 horas
• (3D, dublado);
• 21h30 (3D, legendado).
• Cine Max Brasil – Sala 2:
• 14h15, 16h30
• e 19 horas (3D, dublado);
• e 21h30 (3D, legendado)

As lendas se encontram

Karatê Kid – Lendas chegou ao Cine Santa Cruz. Depois do retorno triunfal com a série Cobra Kai (que se encerrou neste ano após seis temporadas), a franquia volta aos cinemas para introduzir um novo jovem lutador após duas tentativas fracassadas.

O protagonista é Li Fong (Ben Wong), que se muda de Pequim com a mãe para Nova Iorque depois de uma tragédia na família. Diferentemente de outros personagens, Li é praticante de artes-marciais e treinava kung fu, mas evita lutar após fazer uma promessa.

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No entanto, por se tratar de Karatê Kid, é óbvio que o novo garoto da vizinhança vai se apaixonar pela ex-namorada de um lutador de uma escola de artes marciais comandada por um vilão. E, como não poderia deixar de ser, os dois acabarão ficando cara a cara na final de um torneio.

Por mais que se trate de mera repetição, Lendas usa a narrativa já vista nas demais produções de Karatê Kid para trazer frescor. O fato de Li já ser estabelecido como um lutador com experiência é uma abordagem que ainda não havia sido utilizada e funciona.

Mas se tem uma lição que a vida nos dá é que todos sempre temos algo para aprender. Isso vale também para os lutadores. E aí chegamos a um momento bastante aguardado entre os fãs: o encontro entre Daniel Larusso (Ralph Machio) e Han (Jackie Chan). O filme é bem-sucedido ao trazer o ex-remake de 2010 (que agora se torna cânone) para o universo clássico, criado na década de 1980, e estabelecer uma ponte entre os dois personagens.

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Tudo isso sem tirar o protagonismo de Li Fong. O ator Ben Wong tem carisma de sobra e ainda incorpora o humor corporal de Chan no auge da sua carreira. Talvez os fãs mais nostálgicos possam se decepcionar pelo fato de que seus heróis não são o destaque e sim os responsáveis por desenvolver ainda mais o novo personagem.

Ao fim da exibição, Karatê Kid – Lendas é um exemplo de como manter uma franquia fresca mesmo após 40 anos, sem medo de trazer novidades e dar espaço para a próxima geração.

SERVIÇO

• Cine Santa Cruz
• Sala 2:
• 18h10 e 20 horas (2D, dublado);
• 21h45 (2D, legendado),
• só dias 10 e 14.

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