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Transporte coletivo

TCS estuda retirar cobradores em linhas de ônibus de Santa Cruz

Foto: Banco de Imagens/Gazeta do Sul

O Consórcio TCS, responsável pelo transporte coletivo de Santa Cruz do Sul, estuda retirar cobradores de algumas linhas. A medida faz parte do conjunto de ações que visam reduzir os custos de operação do transporte, na intenção de frear aumentos e até reduzir o valor atual da tarifa, fixado em R$ 4,25.

A proposta deverá ser apresentada no próximo ano, quando o preço da passagem precisa ser revisado, conforme o contrato. Uma das medidas já implementadas é a retirada de dez ônibus da frota obrigatória.

De acordo com o presidente da Agência Reguladora de Serviços Públicos de Santa Cruz (Agerst), Auro Schilling, a primeira medida que será adotada para a contenção no preço da tarifa será a redução da obrigatoriedade no número total de carros da frotas.

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Sem alteração do contrato em vigor, as duas empresas precisam somar 63 ônibus em funcionamento. O ajuste – já homologado e acrescentado como aditivo ao contrato – baixa para 53 o total exigido. “A supressão no número de carros não representa prejuízo ao usuário, é apenas um dos ajustes que podem ser feitos para reduzir o valor das passagens”, destaca Schilling.

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O presidente da agência frisa que essa é uma das alternativas em estudo para tentar reduzir o valor da tarifa, que a partir de janeiro passará a ser discutida entre o TCS e a Agerst. “A redução no número de linhas, de rotas que não são mais necessárias, é outra alternativa que pode ser usada para reduzir custos”, explica.

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Outra proposta que também pode ser implementada é a compra de micro-ônibus, para linhas com menor número de passageiros. “Como o tamanho da frota reduziu, acreditamos que essa pode ser uma medida a ser tomada a partir de 2021.”

A readequação do quadro de funcionários do consórcio é outra das propostas sob estudo. Em horários noturnos, após as 22 horas, ou durante o fim de semana, há trajetos que poderiam dispensar o cobrador – principalmente porque também aumentou o uso do bilhete eletrônico. A ideia é estudar quais linhas poderiam circular sem cobrador.

Em Porto Alegre, o envio de projeto à Câmara que prevê a retirada dos cobradores tem gerado protestos da categoria. Porém, em Santa Cruz não haverá demissões, segundo informa Gerson Luedke, representante do TCS.

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“Muitos cobradores poderão ascender à função de motorista, outros podem ser lotados em atividades administrativas.” Segundo ele, a rotatividade na função é comum, de forma que a redução de vagas – e de custos – não seria uma medida imediata.

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MENOS PASSAGEIROS
Os estudos também buscam formas de estancar a redução no número de passageiros. Ao longo de 2019, o volume de pagantes nas roletas do TCS encolheu 9,7%. “No cálculo da última revisão da tarifa, usamos como parâmetro 372.496 passageiros pagantes por mês. Durante o mês de novembro, pagaram passagem 339.408 passageiros. Essa é uma redução significativa”, aponta Gerson Luedke, do Consórcio TCS.

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Reajuste
Pelo contrato vigente, a passagem de ônibus deve ser reajustada a partir de 4 de fevereiro de 2020. Para isso, na primeira semana de janeiro, o Consórcio TCS irá entregar seu pedido de revisão e as planilhas de custo à Agerst. “Estamos finalizando esse trabalho, para que se tenha o mês todo de janeiro para análise e discussão do índice”, explica Luedke.

A agência realiza na próxima segunda-feira a última reunião. A retomada dos trabalhos ocorre em 6 de janeiro, e a primeira reunião, dois dias depois, deve ter como pauta o reajuste da tarifa de ônibus.

“Ainda não temos como saber quanto será o novo valor. O estudo feito em outubro, que permitiu a redução no tamanho da frota, sugeriu que o valor ficasse no patamar atual, R$ 4,25”, ressalta o presidente da Agerst, Auro Schilling.

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