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ALÉM DA CULTURA

De que maneira eventos como a Feira do Livro fomentam a economia

Estrutura que abrigará os expositores e receberá os leitores foi montada na praça

Estrutura que abrigará os expositores e receberá os leitores foi montada na praça | Foto: Paula Appolinario

A 35ª Feira do Livro de Santa Cruz do Sul começa nesta segunda-feira, 29, e as expectativas de comerciantes da região central da cidade são altas. Isso porque, além de um espaço que compartilha cultura e conhecimento, o evento aumenta a circulação de pessoas por lá. No ano passado, cerca de 34 mil visitantes passaram pela Praça Getúlio Vargas para prestigiar as atrações artísticas e comprar exemplares.

Momentos como a feira provocam movimentação financeira no município, de diversas formas. Segundo Fabrício Gianezini, diretor do Serviço Social do Comércio (Sesc) de Santa Cruz, organizador do evento, eles não apenas contribuem para o crescimento de diversos setores econômicos, mas também estimulam os negócios entre compradores e vendedores, potencializando relacionamentos e gerando valor econômico e social.

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O impacto direto é observado na própria semana de atividades: ela cria um espaço propício para vendas de espaço, produtos e serviços realizados por organizadores e expositores. “As pessoas podem ou não ter vontade de consumir livros e alimentos naquele momento. Porém, as tendas de livros e de alimentação naquele espaço desenvolvem uma tendência de majoração do consumo”, explica a economista da Fecomércio, Patrícia Palermo.

Em 2023, foram 27.863 mil exemplares vendidos. A estimativa deste ano é quebrar recordes e algumas ações foram realizadas em razão disso, como a troca do período da feira, que desde o ano passado ocorre no primeiro semestre.

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A mudança se deu pelo alto número de eventos já programados para os últimos seis meses do ano. A ideia é que realizar em abril facilita a organização das escolas para levar os alunos até a feira, por exemplo. Além disso, neste ano vai acontecer a 1ª Festa Literária Internacional, um momento que Gianezini espera que desperte ainda mais a vontade pela leitura e aproxime o público da cultura de outros países.

Entre outros benefícios econômicos, há de se considerar também a geração de empregos e impactos que beneficiam o comércio em longo prazo. Entre eles, o investimento em obras de melhoria e a criação de opções de cultura e lazer na cidade.

Localização na região central é mais um atrativo importante

O momento de música e cultura literária se torna ainda mais benéfico para a economia local por conta da localização: a Praça Getúlio Vargas, em frente ao maior cartão-postal de Santa Cruz do Sul, a Catedral São João Batista. “Isso gera um fluxo de pessoas, não só diretamente relacionadas ao evento, mas que circulam no Centro, vão em sorveterias, choperias, restaurantes e comércio de fast-food ou simplesmente tomam um chimarrão na praça”, frisa o coordenador do curso de Ciências Econômicas da Universidade de Santa Cruz (Unisc), Silvio Arend.

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A fala do economista condiz com a percepção de Evandro Kist, proprietário de um restaurante em frente à Praça Getúlio Vargas. Ele acredita que eventos como a feira sempre provocam um reflexo positivo. “Eu acho que respinga para todo o comércio. Vai ter um expositor que vai almoçar comigo, um visitante que vai consumir alguma coisa em uma cafeteria. Em geral, acaba fortalecendo o movimento”, comenta.

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Não é apenas o ramo alimentício que sente o impacto de eventos realizados na cidade. “Para nós, o Festival de Balonismo gerou muitos resultados. Atendemos muita gente de fora, como de Uruguaiana e da Serra. As expectativas para a Feira do Livro são altas”, diz Alini Fagundes, gerente de uma loja de calçados localizada na Rua Marechal Floriano.

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De um lado, os visitantes vindos dos bairros, de outros municípios dos Vales ou de outras regiões do Estado aproveitam para explorar as ruas do Centro para suprirem suas necessidades e se entreterem. Do outro, as lojas têm aumento de público, o que resulta em novos clientes e visibilidade de suas marcas. Já a cidade é lembrada como atrativa nos ramos de eventos e de varejo.

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Luiz Borges é um dos feirantes de Porto Alegre que expõe produtos há oito anos e já tem uma imagem positiva da cidade como ponto turístico. “Dificilmente alguém não gosta de visitar, seja pela cultura, pelas festas ou pela recepção do povo”, diz.

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Neste ano, os expositores que virão de fora – e que também acabam se tornando turistas – têm origem nas mais variadas localidades, como Vera Cruz, Porto Alegre, Bento Gonçalves, Nova Santa Rita, São Leopoldo, Capão da Canoa, Canoas e Canela, no Rio Grande do Sul, e Balneário Rincão, em Santa Catarina.

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