Venâncio Aires testemunhou, na tarde de segunda-feira, 21, uma demonstração pública de fé e gratidão durante o último dia da 149ª Festa do Bastião. Milhares de fiéis ocuparam o coração da Capital do Chimarrão, no entorno da Igreja Matriz de São Sebastião Mártir, para agradecer ao padroeiro do município.
A comemoração, que marcou o feriado, iniciou-se com a missa campal celebrada pelo bispo emérito dom Aloísio Dilli. Ele destacou que, na vida dos cristãos, os santos têm um significado muito especial, pois são aqueles que viveram o verdadeiro amor. “Nos tempos difíceis que vivemos hoje, as pessoas também sentem necessidade dessa presença de uma força, de um exemplo. E isso encontram no santo”, explicou.
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Para dom Aloísio – que representou o bispo da Diocese de Santa Cruz do Sul, Itacir Brassiani, que atende a um compromisso em Curitiba –, a Festa de Bastião é um momento ímpar. Nela, percebe que os devotos vivem uma fé verdadeira. “Eles rezam, se querem bem e se encontram para festejar. E eles precisam se alegrar por promover esse encontro.”

E como forma de homenagear a São Sebastião, caminharam pelas ruas centrais. O trajeto iniciou-se na Tiradentes, seguindo pela Voluntários da Pátria e Júlio de Castilhos. Depois de passar pela General Osório, retornaram à igreja matriz pela Tiradentes.
Na multidão, diferentes histórias de fiéis que pedem ajuda ao padroeiro. A aposentada Erondina de Souza Treibe, 59 anos, veio agradecer a São Sebastião por ter cuidado do marido, Gilberto Treibe, que faleceu em junho do ano passado, aos 73 anos. Para isso, fez o percurso de pés descalços.
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“O Giba, meu marido, sofreu com câncer durante dez anos. E São Sebastião cuidou dele nesse tempo e o fez morrer sem dor. Só tenho que agradecer, porque embora ele tenha morrido, sei que está aqui comigo”, contou.
De lá, muitos seguiram para a paróquia, sede da festividade. O encerramento foi marcado pela apresentação das bandas Calmon e Magia, além da busca dos novos casais festeiros. Também foi possível desfrutar uma última vez da tradicional galinhada e dos pastéis.
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Fiéis pedem paz e proteção
Para a diarista Daniela Dutra Andrighetti, de 46 anos, a presença na procissão é garantida todos os anos. “É uma tradição”, disse. Enquanto carregava a bandeira de São Sebastião, pedia a intercessão dele para a família.
Neste ano, veio com uma solicitação especial, que compartilhou apenas com o padroeiro. “Entrego a família para Deus, além da esperança por um ano melhor.”
Sandra Raquel da Rosa, de 53 anos, participa da procissão há três anos, desde que voltou a morar em Venâncio Aires. Acompanhada das irmãs, todas demonstraram sua fé em São Sebastião, uma herança familiar deixada pela mãe, Ermina da Rosa. “Queremos que ele traga muita saúde e paz para todo mundo. Isso é essencial, o resto nós conquistamos.”
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