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Em um ano, 691 animais foram abandonados em Santa Cruz

Foto: Luiz Fernando Bertuol SECOM

As restrições sanitárias impostas pela pandemia de Covid-19 no ano de 2021, ainda fortemente marcado pelas contaminações, geraram reflexos negativos também no dia a dia daqueles que levam a fama de serem considerados os melhores amigos do homem. O aumento no número de cães e gatos abandonados foi um desses reflexos. Em 365 dias, 691 animais foram levados para fora de seus lares e 67 autos de infração foram emitidos em decorrência de maus-tratos.

Por outro lado, o número de adoções realizadas no período não contribuiu para equilibrar a balança. De janeiro a dezembro do ano passado, houve 246 adoções. O poder público promoveu feiras pontuais e campanhas permanentes, em parceria com as ONGs de proteção animal. “É a menor quantidade de adoções registrada desde 2016”, lamentou o veterinário Tiago Marques, coordenador do Canil Municipal.

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Como resultado dessa insensibilidade, um espaço que deveria abrigar 45 animais, acaba com uma lotação bem superior à capacidade máxima. Segundo informou Tiago, foram contabilizados, no ano passado, 446 recolhimentos de caninos e felinos e 65 de equinos. “Infelizmente o número de abandonos e de maus- tratos é muito alto ainda”, comentou.

Embora as estatísticas reflitam uma realidade difícil de ser revertida em curto prazo, investimentos feitos pelo poder público municipal no ano passado apontam para avanços concretos na causa animal. R$ 1,6 milhão foram disponibilizados para a construção do novo Centro de Bem-Estar Animal (CBEA), já em obras na Granja Municipal, e mais de R$ 800 mil foram destinados para outras ações. Em breve, os animais abrigados no canil serão levados para um espaço contíguo à estrutura em obras, até que a mesma esteja concluída.

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Outros números positivos foram contabilizados no decorrer do ano passado. Através do Programa Municipal de Controle Populacional de Cães e Gatos, 1,4 mil castrações e 1,7 mil microchipagens foram efetuadas, além de captura, recolhimento, atendimento e tratamento de mais de 50 animais silvestres. No cadastro para acesso aos serviços do Hospital Veterinário, estrutura que entrou em funcionamento em agosto de 2020, foram incluídas 532 famílias de baixa renda, três ONGs e oito protetores independentes.

Para o secretário municipal de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade, Jaques Eisenberger, o município investiu bastante na causa animal em 2021, de modo especial em ações para controle da população de animais de rua. “Dobramos o número de castrações, contribuindo com as ONGs e com os protetores independentes. Nos preocupamos muito com isso, porque, como são animais em situação de rua, eles acabam se reproduzindo e a tendência é sempre aumentar”, alertou. Ele ainda fez um apelo para que as pessoas não abandonem os animais e, aos que pretendem adotar, que o façam de forma responsável para que os bichinhos não sejam novamente abandonados.

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Outros destaques do ano passado foram a criação e implantação do Banco Municipal de Rações, Medicamentos e Utensílios para Animais e do Banco Municipal de Dados de Animais Microchipados e Respectivos Tutores. Já em 2022, a ideia é implantar um programa para microchipagem e identificação de animais domésticos residentes no município, uma iniciativa que pode contribuir para evitar casos de abandono.

Cabe ressaltar dentre as realizações do Canil Municipal em 2021, a participação do órgão nas atividades de remoção das famílias de baixa renda contempladas com moradias nos loteamentos Santa Maria e Mãe de Deus. 605 animais foram acompanhados no deslocamento para os novos lares, recebendo todos os cuidados necessários.

Outro fato relevante foi a realização da primeira cirurgia na região para implantação de uma endoexoprótese em uma cachorra vítima de abandono, recolhida e agora sob a responsabilidade do Canil Municipal. “Agora a Marisol está só à espera de uma adoção responsável. Vamos torcer para que ela seja adotada por uma família que lhe dê muito amor e carinho”, frisou.

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