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SANEAMENTO

Empresa responsável pela ampliação das redes de esgoto em Santa Cruz encerrará atividades

No município, escritório funciona em um imóvel localizado na Rua Sete de Setembro

No município, escritório funciona em um imóvel localizado na Rua Sete de Setembro | Fotos: Tiago Garcia

Contratada para a ampliação das redes de esgoto em Santa Cruz do Sul, a Silva Construtora, com sede em Maceió, capital de Alagoas, vai encerrar suas atividades no município. Nas últimas semanas, as equipes trabalhavam em obras no Bairro Higienópolis.

A informação foi confirmada por um funcionário encarregado pela empresa. Em contato com a Gazeta do Sul, ele disse que seguirá no município até o fim do mês para regularizar questões trabalhistas e pendências com fornecedores.

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O impasse se tornou conhecido após um grupo de empresários receber informação sobre o encerramento das atividades. Eles relataram preocupação com a falta de pagamentos por serviços prestados. Um deles é Eder Andrade, que havia sido fornecedor para a terceirizada. Segundo ele, a construtora chegou a Santa Cruz em janeiro e havia procurado estabelecimentos locais para refeições, como café, almoço e jantar, além de veículos, caminhões, EPIs e ferramentas.

“Em fevereiro, alugamos máquinas para eles realizarem o aterro nas obras. A empresa também comprou vários EPIs e gazebos. Eles pagaram certo fevereiro e março e no mês de abril já não nos pagaram mais”, disse.

Ao menos outros seis empreendimentos teriam passado por situação semelhante. Inclusive, um grupo foi criado para buscar informações e o pagamento. “Consegui recuperar 80% dos meus equipamentos, mas ainda há outros três avaliados em R$ 10 mil, que estão sendo usados pela construtora.”

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Ele estima que tem a receber cerca de R$ 80 mil entre compras, locações e equipamentos. “Para os demais, a dívida se aproxima dos R$ 300 mil”, afirmou. Segundo o empresário, no final da semana passada, a empresa recolheu todos os materiais que estavam em uso nas ruas onde ocorriam as obras. Os fornecedores estão apreensivos e cobram providências por parte da Corsan quanto ao caso.

Funcionários relatam atraso nos pagamentos

Além dos fornecedores que dizem estar aguardando pagamento, funcionários relatam situação semelhante quanto aos salários. O grupo teria trabalhadores vindos da Bahia e de Sergipe. Um deles afirmou à Gazeta do Sul, sob condição de não ter o nome divulgado, que a oferta da empresa era de um salário na faixa de R$ 5 mil mensais. No entanto, o homem salientou que não foi isso que aconteceu. “Foi propaganda enganosa para nós”, ressaltou.

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O trabalhador acrescentou que o grupo está recebendo apenas almoço e jantar, pois o café da manhã teria sido suspenso. Ele disse que o objetivo é ter os salários regularizados para que possam retornar aos seus estados.

Empresa afirma que vai regularizar débitos

Em visita à sede da Silva Construtora na Rua Sete de Setembro, a Gazeta do Sul encontrou um encarregado pela empresa conversando com funcionários e credores. Ele se identificou como Claudio Conceição e confirmou que a empresa está encerrando as atividades porque as condições de trabalho não estão adequadas.

Claudio Conceição: mudança de estado

“Não estamos fechando, apenas mudando de estado. Todos os fornecedores e funcionários serão ressarcidos até porque a gente tem dinheiro para receber da Corsan. Estamos fechando a última medição e vamos pagar a todos”, disse. Ele afirmou ainda que os funcionários serão ressarcidos e outros serão remanejados e seguirão trabalhando em obras por outras cidades. No total, eram 26 operários em Santa Cruz do Sul, a maioria oriunda de outros estados.

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Conceição frisou que todos os débitos serão quitados. “Temos mais quatro obras da Aegea que estão a todo vapor em outros locais. Já a Corsan daqui [Santa Cruz do Sul] não nos atendeu. Não tivemos acordo e o contrato foi rescindido”, confirmou.

Questionado sobre qual seria a falta de condições de trabalho, disse que questões climáticas têm prejudicado os trabalhos, o que acaba reduzindo o ritmo de andamento das obras e isso impacta as contas. “A produção não está cobrindo nossos custos e teremos que ir para um lugar onde estará fazendo sol e poderemos produzir.” Até o dia 30 deste mês, segundo ele, a construtora seguirá no município para realizar os acertos.

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O que diz a Corsan

Por meio da assessoria, a Corsan informou que encerrou o contrato com a Construtora Silva no dia 10 de maio. Desde então, as atividades foram absorvidas por outros prestadores de serviço contratados. A Companhia reforça que está prestando total suporte aos funcionários da terceirizada, adotando todas as medidas necessárias para que cada trabalhador receba o que lhe é devido. A Corsan também informou que vai verificar os fornecedores que comprovaram a prestação de serviços e acionará garantias contratuais, para que todos recebam os valores devidos o quanto antes.

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