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CARNAVAL DE RUA

Escolas de samba e blocos de Rio Pardo decidem não desfilar

Foto: Lula Helfer/Banco de Imagens

As escolas de samba e blocos carnavalescos decidiram cancelar as participações nos desfiles do Carnaval de Rua 2022 de Rio Pardo. No ano passado, o município não teve a programação por conta da pandemia. As entidades divulgaram uma nota oficial onde reforçam a intenção de participar do evento em 2023, que deverá ocorrer nos dias 18, 19 e 20 e 21 de fevereiro. Assinam o documento as agremiações Enamorados, Embaixadores do Ritmo, Realeza da Vila, Candangos, Mãos do Samba, O Cupido, Tentação, São João Menino e Rosário.

Entre os motivos, as entidades citam a escassez de informações sobre o Carnaval de Rua 2022 de Rio Pardo e sua realização, e a falta de tempo hábil para montagem, produção e organização dos desfiles. Outra razão são as dificuldades financeiras do período da pandemia, que afetaram não só escolas e blocos, mas também parceiros e patrocinadores, além da preocupação sanitária com a circulação de milhares de pessoas nos dias do evento, muitas oriundas de outras cidades do Estado.

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Conforme o secretário de Turismo, Cultura, Juventude, Esporte e Lazer de Rio Pardo, Tiago Mello, a pasta aceita a escolha das entidades e solicitou uma reunião na próxima segunda-feira, às 18 horas, para conversar sobre a decisão. “Estávamos estudando a possibilidade de realizar o Carnaval e essa nota nos pegou de surpresa. Então, nos próximos dias teremos uma definição a respeito”, declarou.

Mello salienta que o último evento reuniu entre 40 e 50 mil pessoas por dia, portanto, a tomada de decisão requer muita sensibilidade e sobretudo responsabilidade. “Temos que pensar como região. Os municípios precisam tomar essa decisão em conjunto, pensando como Vale do Rio Pardo.”

De acordo com o documento, comprometidas em manter o alto nível de qualidade nas apresentações – o que não seria possível neste ano –, as entidades preferem se preparar para 2023, realizando eventos para arrecadar recursos e na expectativa de um cenário pandêmico mais controlado, com vacinação avançada e doses de reforço. As escolas de samba e blocos esperam contar com a parceria dos entes públicos e reafirmam “o Carnaval como instrumento de disseminação cultural e social”.

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Objetivo é manter o foco no Carnaval de 2023

Desde setembro, os representantes das entidades carnavalescas de Rio Pardo já realizavam reuniões para definir a participação no Carnaval e nos desfiles. Gerônimo Mendes, representante da Enamorados e do Bloco Mãos do Samba, explica que todos foram muito afetados pela pandemia, não só na questão financeira e de arrecadação, mas com a perda de componentes e pessoas queridas da comunidade.

“Outro motivo é o curto prazo para a preparação dos desfiles com a qualidade que já é costumeira aqui na cidade. Sendo assim, teremos mais de um ano para organizarmos eventos e planejar os desfiles de 2023. Pretendemos manter a marca de Rio Pardo como o melhor Carnaval da região”, declarou.

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De acordo com o vice-presidente da Embaixadores, Lailton Ferreira, o Carnaval movimenta a economia do município no período, gerando empregos e trazendo alegria para a comunidade, mas se tornou impossível participar. “Estamos torcendo pela diminuição dos casos de Covid-19, a não disseminação da nova variante, para que se possa usar o ano de 2022 para planejar o Carnaval de 2023. Temos ciência de todos os problemas de saúde, assim como entendemos perfeitamente e respeitamos todas as opiniões sobre o assunto. Porém, diante de tantas incertezas, achamos que essa seria a forma mais sensata e consciente no momento.”

Para a representante da Candangos, Aline da Rocha Goulart, a organização coletiva das entidades poderá trabalhar na busca de verbas para realização do evento em outras esferas, para além da municipal, que normalmente é concedida. “Fruto dessa união, também surgiram ideias de alguns eventos coletivos durante o próximo ano, de forma que isso possa reverter em ganho financeiro para as entidades. Também há as iniciativas e eventos individuais de cada entidade, que provavelmente serão retomados por todos com mais tranquilidade”, comenta Aline.

A presidente da Realeza da Vila, Zélia Leal da Silva, conta que as escolas e blocos ainda tentam se reestruturar após os impactos da pandemia, para quitar dívidas e colocar os impostos em dia. “Queremos achar uma maneira de voltar estruturados e com condições financeiras. Não é possível fazer um Carnaval onde se corre perigo pelo vírus, e também precisamos de infraestrutura financeira. Nós temos o compromisso de cuidar de nossos componentes para que a festa seja segura e tenhamos realmente um Carnaval belíssimo, em que as pessoas possam participar livremente”, ressalta Zélia.

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