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CULTURA

Estudantes do Ensino Médio participam de oficina de crítica de cinema

Foto: Rafaelly Machado

Alunos das escolas Ernesto Alves e Polivalente participaram da oficina nessa quinta-feira

Estudantes do Ensino Médio da rede pública de Santa Cruz do Sul tiveram a chance de aprender mais sobre a arte cinematográfica e a cultura do Japão. Os 40 alunos das escolas estaduais Ernesto Alves de Oliveira e Willy Carlos Frohlich, o Polivalente, participaram nessa quinta-feira, 23, da Oficina de Crítica no Cinema a partir do filme japonês Waterboys, de 1998, em promoção do Festival Santa Cruz de Cinema, dentro da programação da quarta edição.

A atividade realizada pela manhã no auditório do Memorial da Unisc foi coorganizada pela JTI e pelo Escritório Consular do Japão em Porto Alegre e contou com a presença do jornalista da Gazeta do Sul e mestre em Letras pela Unisc, Pedro Garcia. Na abertura do evento, o novo cônsul do Japão em Porto Alegre, Takashi Yokoyama, se dirigiu aos alunos em português. “Eu fico muito feliz em exibir esse conteúdo diferente, e espero que todos gostem de assistir”, declarou. O diplomata, que assumiu o posto no Escritório Consular do Japão na Capital no mês passado, também disse aos estudantes que apesar de ser um filme japonês, o longa-metragem é um filme de comédia e não representa totalmente a realidade do Japão.

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Cônsul se dirigiu aos alunos em português

Pedro Garcia contou que a oportunidade de ministrar a oficina surgiu a partir de um convite da organização do festival, por ele já possuir experiência com cursos na área do cinema e, sobretudo, por ser cinéfilo. A oficina foi realizada antes da exibição do filme sobre o qual os estudantes vão escrever as próprias críticas mais tarde. “Conversamos sobre alguns fundamentos da análise fílmica, o que podemos observar quando assistimos a um filme para tornar a experiência mais enriquecedora e ir além do ‘gostei ou não gostei’, e da redação de crítica cinematográfica. A ideia era capacitá-los tanto para assistir ao filme quanto para, posteriormente, escrever a respeito”, explicou.

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O jornalista apresentou conceitos como composição do filme por imagem e som e também a autoria da obra, na figura do diretor. Foi explicado ainda que o objetivo da crítica é tanto servir como um guia para outros espectadores quanto propor uma leitura do filme, tentando entender o que o diretor pretendia com cada escolha feita. Embora o filme apresentado seja uma comédia, Garcia esclareceu que há muitas possibilidades de leituras a partir dele e que procurou instigar os estudantes a enxergarem isso. “O filme permite discussões sobre, por exemplo, superação de preconceitos de gênero, autoaceitação e solidariedade. E, como todo bom filme, guarda muitas mensagens – visuais, principalmente – que oferecem sentidos interessantes. Estou curioso para saber qual foi a impressão dos estudantes e quais as sensações que o filme causou neles.”

Garcia: muitas possibilidades de leituras

Festival quer o envolvimento das escolas

Segundo o professor da Unisc e um dos organizadores do festival, Rudinei Kopp, a atividade teve limite de 40 inscrições por conta das restrições da pandemia. Envolver as escolas na programação sempre foi um desejo da organização do Festival Santa Cruz de Cinema. “Nosso projeto, desde o começo, é tentar essa aproximação com o Ensino Médio, com essas oficinas de formação, e só agora estamos conseguindo realizar isso. Estamos oferecendo uma oficina que dê condições de os alunos escreverem uma crítica e que isso possa colaborar para melhorar o desempenho na escrita de redações nas tantas provas que vêm pela frente”, conta.

Como a programação do Festival envolve curtas-metragens, o professor acredita que esse tipo de oficina aproxima o público dos filmes selecionados e que serão exibidos daqui a três meses. Um dos objetivos do festival é fazer este tipo de atividade para públicos maiores daqui para a frente e nas próximas edições.

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Melhores textos serão premiados

Os alunos que participaram da atividade foram convidados a desenvolver as próprias críticas do filme, colocando em prática os aprendizados da oficina. O prazo para entrega dos textos vai até 13 de outubro e os trabalhos serão avaliados pelos integrantes da comissão do festival. Conforme Rudinei Kopp, serão observadas a estrutura, a coerência com o filme e a interpretação, além da construção gramatical e a semântica de cada crítica. Os três melhores textos serão premiados com celulares oferecidos pela JTI, uma das patrocinadoras do evento. O anúncio dos vencedores e a entrega dos prêmios serão em um dos eventos do Festival de Cinema nos próximos meses.

Neste ano, o 4º Festival Santa Cruz de Cinema ocorrerá em formato híbrido, de 29 de novembro a 3 de dezembro. O evento é realizado pelo Sesc Santa Cruz do Sul, Universidade de Santa Cruz do Sul – cursos de Comunicação Social e Pé de Coelho Filmes. Conta com o patrocínio da JTI e da Prefeitura de Santa Cruz do Sul e apoio da Gazeta Grupo de Comunicações. Mais informações sobre o festival podem ser conferidas no site festivalsantacruzdecinema.com.br.

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