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DIRETO DA REDAÇÃO

‘Eu estudo para a vida’

Desde sempre, sou fervoroso leitor de entrevistas, em especial as publicadas no formato de pergunta-e-resposta, em que se reproduz, no texto, conversa mantida entre dois interlocutores, seja como versão de bate-papo gravado, seja em questões encaminhadas por escrito, inclusive por via eletrônica, como é viável desde o advento do telégrafo e, claro, da internet, em trocas de e-mails. Nas reflexões decorrentes de uma entrevista, essência e suprassumo do jornalismo, costumam evidenciar-se lições valiosas para a vida, que despertam e instigam a raciocínios sobre nós e a sociedade. Nem precisam sempre os entrevistados serem autoridades, líderes, expoentes ou, digamos, muito vividos.

Tive reforçado meu gosto e minha alegria pela leitura de uma entrevista diferenciada ao conferir, na Gazeta do Sul de quarta-feira, 6, a matéria que o colega Iuri Fardin fez com o estudante Eduardo Sartori Castoldi, do 9º ano do Ensino Fundamental no Colégio Mauá. Ele ficou em primeiro lugar em seu nível de ensino na segunda edição da Olimpíada Brasileira de Educação Financeira (Obef), promovida pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

Ou seja, em uma área na qual, sejamos honestos, talvez a imensa maioria dos brasileiros de qualquer idade engatinha, a administração das finanças pessoais (de que outro indicativo precisaríamos para tamanho endividamento endêmico?), Eduardo, aos 15 anos, dá uma aula, uma lição em muito pós-graduado.

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E dá aula não só em educação financeira, e isso é mais uma evidência de que dificilmente algo sólido no ambiente da educação pode vir descontextualizado ou desligado de formação mais abrangente. Na entrevista concedida a Fardin, Eduardo, articulado e com clareza de exposição, afirma que a boa colocação na Obef foi “consequência do que eu estudo para a vida e aplico nos investimentos”. Ou seja, quando estuda, ele se preocupa em entender, assimilar, aproveitar tudo aquilo que possa ser útil e impulsioná-lo na vida prática. Essa, em essência, é (e deveria ser sempre) uma forte razão pela qual alguém deve estudar, e dedicar máximas atenção e energia a aprender e se aperfeiçoar. Especialmente na juventude, quando o tempo de cada pessoa é justamente reservado e dedicado a se aprimorar e a adubar o terreno, por assim dizer, no qual será plantada a sua realização pessoal e profissional. Mas também em qualquer idade, e nas mais diversas etapas da vida, pois o aperfeiçoamento e a renovação do terreno do investimento pessoal, como uma lavoura, devem ser prioridades ano após ano, estação após estação.

Ao leitor que não chegou a conferir a entrevista concedida por Eduardo, sugiro que retome a edição impressa da terça-feira, ou que busque o texto na versão digital no Portal Gaz (acesse aqui). É um belo exercício de reflexão para um final de semana. Da altura de seus 15 anos, Eduardo revela uma sabedoria e um discernimento que por vezes décadas não são capazes de despertar em alguns. Eduardo está de parabéns, e assim seus familiares, porque, normalmente, boas sementes melhor vicejam em bons terrenos.

Ótimo final de semana para todos!

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