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PROJETO GERIR

Indústria aposta em inovação e tecnologia para encarar os desafios

Foto: Alencar da Rosa

Uma oportunidade única de se aproximar das principais tendências e discussões do mercado ocorrerá na próxima terça-feira, 24, às 19h30, no auditório do Memorial da Unisc. Na Semana da Indústria, a Gazeta Grupo de Comunicações promove o painel do Projeto Gerir com o presidente das Empresas Randon e integrante do Hub Colaborativo Transforma RS, Daniel Randon.

O projeto já é tradicional na agenda de eventos de Santa Cruz do Sul. Todos os anos, painéis são montados para dialogar sobre temas fundamentais para o desenvolvimento regional. De acordo com o gestor de Conteúdo Multimídia da Gazeta, Romar Beling, é um momento para instigar a comunidade regional a refletir sobre suas potencialidades. “O propósito, na origem, foi criar um espaço para personalidades locais e estaduais das mais variadas áreas para debaterem sobre a atualidade. A ideia é trazer contribuições e até mesmo criar oportunidades para o desenvolvimento socioeconômico regional”, diz.

O painel de terça-feira é o segundo deste ano. O primeiro debateu o ecossistema de inovação em Santa Cruz. A urgência do assunto se consolida, uma vez que o tema do segundo evento de 2022 são os processos inovadores na indústria. Com o título “Inovação: agente fundamental para a competitividade e para o crescimento sustentável”, a palestra de Daniel Randon vai expor a aposta global na inovação para garantir o desenvolvimento sem esgotar os recursos humanos e naturais.

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Presidente das Empresas Randon, Daniel Randon, é painelista da edição do Projeto Gerir | Foto: Alencar da Rosa

Oportunidade para prospectar novos negócios

Além de um momento para agregar conhecimento, o Projeto Gerir reúne líderes empresariais da região. Segundo o gerente executivo comercial da Gazeta, Lau Ferreira, é também um ambiente propício para negócios. “É um espaço onde os empresários se encontram e trocam ideias e opiniões, discutem temas que são comuns a todos. Eles sempre podem entregar alguma coisa das experiências próprias como gestor.”

Ferreira também destaca a volta da presencialidade como um fator preponderante para o Gerir neste ano. “Voltamos à presencialidade. A compra presencial tem um valor agregado muito grande. Sentar com um lojista e pedir a opinião dele sobre a peça de roupa, e ele te oferecer algo até então desconhecido. Comer em um restaurante é diferente de pedir sempre a mesma coisa em casa”, compara o gerente comercial. “O grande negócio do Projeto Gerir sempre foi esse: um lugar de encontro”, acrescenta.

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O evento abrirá a programação da Semana da Indústria. A troca de experiências continuará na quarta-feira, 25. No auditório da empresa de tecnologia Imply, os empreendedores poderão debater e conhecer linhas de crédito, meios de financiamento e incentivos fiscais. A Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico apresentará o programa Fundopem, que garante incentivos fiscais para empresas geradoras de emprego no RS. Já o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) expõe linhas de crédito; a empresa pública de fomento à ciência Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) mostra possibilidades de recursos para a inovação nas indústrias; e a gerente de comércio exterior do Banco do Brasil no RS, Rozana Beatriz da Silva Gomes, fala sobre as possibilidades de financiamento para quem aposta no mercado internacional.

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Palestra de Daniel Randon será na terça-feira

Há dois anos, o painelista Daniel Randon foi eleito o segundo melhor CEO da América Latina, em pesquisa da Institutional Investor Research. Ele aposta na inovação como eixo central para o desenvolvimento sustentável do Rio Grande do Sul. Com esse propósito, é um dos líderes do Transforma RS, hub colaborativo instalado no Instituto Caldeira, em Porto Alegre. O projeto conecta entes públicos e privados, empresas e universidades, governos e comunidade para pensar sobre o futuro do Estado. O Transforma RS acredita que a convergência de ideias pode contribuir para o progresso social e econômico.

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Na terça-feira, Randon vai abordar a inovação como agente fundamental para a competitividade e os desafios futuros. De acordo com ele, o momento é desafiador para a logística internacional e o acesso de matérias-primas fundamentais para a indústria, mas também traz oportunidades de transformação por meio de iniciativas inovadoras. A indústria 4.0 e o investimento constante em práticas de sustentabilidade, responsabilidade social e governança, o futuro da mobilidade e os movimentos de inovação e transformação digital que estão se consolidando por várias regiões e os movimentos empresariais, como o Transforma RS, serão destacados na apresentação.

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Inovação é questão de sobrevivência

Análise de dados e armazenamento de informação para tomada de decisão, atualização tecnológica, conhecimento sobre linhas de crédito, formação de mão de obra e estruturação de um mercado competitivo. Para o CEO da Imply, Tironi Paz Ortiz, esses são os principais desafios da indústria no Brasil.

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“Para poder sobreviver, o empreendedor tem que estar em constante evolução”, enfatiza.

A tecnologia cria novas culturas, diz Ortiz. Para o empresário, o desenvolvimento da internet obrigou as companhias a buscarem novos processos a fim de obter êxito no mercado.

A Imply será apresentada na próxima quarta-feira, 25, dentro da programação da Semana da Indústria, como um caso de sucesso na internacionalização dos negócios. A companhia exporta hardwares e softwares. A empresa, porém, sente carência de infraestrutura e mão de obra qualificada.

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Sobram vagas, faltam técnicos

Os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam para 12 milhões de pessoas desocupadas no País, o que representa uma taxa de desemprego de 11,2%. Por outro lado, sobram vagas em diversos setores. Uma das maiores carências do mercado é em tecnologia da informação. “Tem várias vagas em aberto, principalmente na área de desenvolvimento. Mas falta qualificação técnica”, constata o CEO da Imply, Tironi Paz Ortiz.

A empresa trabalha com a qualificação dos profissionais após a contratação. Mesmo desenvolvedores seniores passam por uma adaptação que dura ao menos seis meses para produzirem conforme a exigência da Imply.

“Eu acredito que um dos caminhos é a qualificação dentro das empresas. Outra maneira é interagir mais com as universidades e formadores de mão de obra, como já estamos fazendo”, salienta Tironi. “As universidades evoluíram muito no Brasil, no sentido de não formar alguém para depositar conhecimento em uma biblioteca, mas para aplicar no mercado de trabalho”, afirma o empresário.

Outras entidades, como Sebrae e Senac, também trabalham para instrumentalizar trabalhadores de acordo com as demandas do mercado. No entanto, uma vez que a formação de profissionais não projetou as necessidades do futuro, há um vácuo para ser preenchido.

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Imply tem sucesso no mercado internacional com exportação de hardwares e softwares | Foto: Alencar da Rosa

Os espaços para uma reindustrialização

O processo que transforma a matéria-prima em produto final perdeu espaço na economia brasileira. De acordo com o presidente da Associação Comercial Industrial (ACI) de Santa Cruz do Sul, César Cechinato, na década de 1980 a indústria de transformação respondia por 30% do PIB brasileiro, o que significava 2,5% da produção industrial do mundo. Hoje, apenas 11,8% do produto interno provém das fábricas, cerca de 1,8% da produção industrial em todo o planeta.

“Nós perdemos participação da indústria no mundo”, diz. Cechinato prevê que a participação industrial no próximo PIB possa chegar perto de 10%. Segundo ele, considerando o Valor Agregado Fiscal (VAF), entre as dez principais empresas em arrecadação de impostos em Santa Cruz, oito são indústrias.

“Santa Cruz do Sul é eminentemente uma cidade industrial. Tanto em questão de impostos quanto na questão de empregos. O fato de Santa Cruz ser um dos maiores PIB do Estado é fundamentalmente por causa da indústria”, avalia.
A desindustrialização do Brasil se deve a dois principais motivos. “À medida que os países vão crescendo economicamente, a participação no setor de serviços aumenta, além da força do agronegócio. O que chama atenção é a rapidez da redução da participação, o que nunca houve em país nenhum no planeta. Isso é muito grave”, analisa Cechinato.

Por mais que a produção de alimentos seja importante para o desenvolvimento nacional, especialistas afirmam que a economia extrativista, que exporta matéria-prima, perde a oportunidade de agregar valor aos recursos naturais.
A Semana da Indústria chega em 2022 com o objetivo de chamar atenção para a importância da indústria de transformação e alertar para a urgência de inovar, mesmo em meios tradicionais. Nesse sentido, organizações como a Confederação Nacional das Indústrias buscam movimentos de reindustrialização do País.

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