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Jornalista santa-cruzense lança livro sobre o rádio e o rock no Rio Grande do Sul

O circuito de difusão e de divulgação do rock junto a emissoras de rádio do Rio Grande do Sul mereceu uma investigação que se transformou em livro assinado por um santa-cruzense. É o jornalista Diego Weigelt, de 40 anos, quem se ocupou de mapear e dimensionar esse cenário de atenção a esse gênero musical (e, nele, muito especialmente a bandas ou artistas do próprio Estado) por parte de emissoras e, claro, também de comunicadores.

O resultado está no livro Rádio & rock no Rio Grande do Sul, de 336 páginas, sob o selo da Insular, que, num primeiro momento, estava programado para ter seu lançamento na 35ª Feira do Livro de Santa Cruz do Sul. A sessão de autógrafos seria neste sábado na Praça Getúlio Vargas, atividade que, obviamente, não ocorrerá em virtude do cancelamento do evento. Mas exemplares estarão à venda em livrarias, pelo Instagram do autor ou ainda pelo site da editora, ao preço de R$ 67,00.

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É o segundo livro concluído por Weigelt. Antes, ao final de 2017, lançara Como os jovens ouvem rádio? Uma cultura lusófona de consumo radiofônico, também pela Insular, em 166 páginas. Este teve como base sua tese de doutoramento em Ciências da Comunicação – Cultura Contemporânea e Novas Tecnologias, na Universidade Nova de Lisboa, em Portugal. No estudo, avaliou sobretudo a mudança registrada no consumo de música, que migrava do modelo tradicional para as plataformas digitais e com recepção em múltiplos dispositivos.

Depois dos estudos iniciais na escola Duque de Caxias, no Bairro Ana Nery, e do Ensino Médio na escola Educar-se, Weigelt cursou Jornalismo na Unisc, entre 2001 e 2005. Ainda antes disso, a partir de processo seletivo, passou a trabalhar junto aos veículos do Grupo RBS e se tornou comunicador da Rádio Atlântida, atuando em filiais em diversas cidades, incluindo Santa Cruz. Mas em 2012 optou por fazer o doutorado em Portugal.

Além de Lisboa, morou e trabalhou em Brasília e no Rio de Janeiro, bem como em outras cidades gaúchas. Apaixonado por Portugal, lançou duas marcas para homenagear poetas que admira: Pessoa e Cesariny. Conhece 32 países, tem vasta experiência na área de comunicação e há 23 anos pesquisa rádio, jovens, música e consumo midiático.

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Um esforço para mapear o que tocou o coração dos gaúchos

Como Diego Weigelt refere, Rádio e rock no Rio Grande do Sul foi pensado por ele como uma homenagem a artistas e comunicadores do Estado. Mas não só. O livro busca abordar com clareza as relações, nem sempre fáceis, das bandas de rock com as emissoras de rádio jovem.

A partir de 32 entrevistas e do manuseio de amplo referencial bibliográfico, conta não apenas a história do rádio e do rock gaúcho; revela a perspectiva de quem viveu de modo imersivo a realidade da cena musical e radiofônica dos anos 1980 até os dias atuais.

Weigelt fala da influência das rádios Continental, Ipanema, Atlântida e Pop Rock, o bairrismo, a indústria cultural, as relações econômicas, as gravadoras, o jabá, o sertanejo universitário, as brigas, as redes sociais, o streaming e os desafios em tempos de internet. “É um livro que busca a reflexão crítica, novos olhares sobre o passado e o presente do rádio e do rock em um mundo onde a única certeza é a mudança”, ressalta.

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Por isso, ele ultrapasssa o cenário registrado nos últimos anos para descortinar um olhar à frente: “Ainda se ouve rádio? O rock morreu?”. Se ainda se ouve, e se o rock não morreu, como conclui, faz nova pergunta pertinente: onde está?

Um prefácio é assinado por um xará seu, Diego Tafarel, cineasta, sócio-proprietário da produtora Pé de Coelho. Tafarel e sua equipe acompanharam entrevistas, as quais registraram em um formato de making-of, que deve se transformar em uma série para televisão.

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“Por isso, se você busca desvendar os mistérios e entender a realidade sobre uma época que foi essencial para a história da musical do Estado, tem uma ferramenta preciosa nas mãos”, enfatiza Tafarel em seu texto. “O que foi compartilhado aqui (no livro) certamente não seria encontrado de forma reunida em nenhum outro espaço.”

“Em 2005, a internet no Brasil já registrava números…

…significativos: 20,9% da população com dez anos ou mais havia acessado a internet pelo menos uma vez através do computador. O telefone celular também era uma realidade, com 36,6% dos brasileiros utilizando o aparelho. No mesmo ano, após muitas bandas dos anos 80 chegarem ao fim e poucas surgirem no Rio Grande do Sul, a MTV lança o CD e DVD Acústico MTV: Bandas Gaúchas, contando com a participação da Bidê ou Balde, Ultramen, Wander Wildner e da Cachorro Grande, que, junto com a Fresno, alcançaram algum destaque em todo o país.

No entanto, os tempos mudaram. E diversos fatores influenciaram nesse processo: o encerramento da MTV, da Ipanema e de outras rádios e gravadoras, o surgimento do sertanejo universitário, o ‘jabá’, o fechamento de bares e casas de shows, a transição do AM para o FM e, é claro, a ascensão das redes sociais e das plataformas globais de streaming, como YouTube, Spotify, Apple Music e tantas outras. Atualmente, todos estão em busca da atenção do público, enquanto os ouvintes desejam ter controle sobre o que consomem, personalizar e compartilhar esse conteúdo.

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