Tenho certeza que os apaixonados por bailão – assim como eu – leram esse título cantando. Afinal, “Vou para Santa Catarina” é um clássico lançado pelo grupo Terceira Dimensão na década de 1990, e é sucesso até hoje. Contudo, a partir de agora, essa música representa uma virada de chave na minha trajetória de vida profissional e, principalmente, pessoal.

Sou filha de Santa Cruz do Sul. Minhas raízes, meus valores, tudo o que sou, aprendi e me tornei, foi aqui. Também é aqui que estão as pessoas que mais amo – família e amigos – e as memórias dos melhores momentos vividos: experiências, conquistas e portas que se fecharam. Mesmo assim, segui firme, semeando as coisas que acredito, regadas de muita fé – e velas acesas. E hoje, eu entendo que todas aquelas pessoas que me diziam “Deus têm algo grandioso pra ti” tinham razão. Por que Ele não coloca no nosso coração sonhos impossíveis de realizar. É preciso apenas ter paciência – que eu devo ter 1% (risos) – e acreditar.

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Hoje, posso afirmar: nós colhemos o que plantamos. O caminho não é simples e nos exige muito. Mas a gente chega lá. Exige mudar, deixar pessoas, coisas e até sonhos para trás – quem me conhece sabe do que estou falando. E não é sobre não estar feliz, porque me sinto realizada onde estou e com quem estou. Mas oportunidades não se deixam passar, apenas se vivem. E eu não tenho medo de viver. Me sinto pronta.

Antes disso, me sinto grata por uma das experiências mais incríveis que tive dentro do jornalismo. Aqui no time Gazeta eu me transformei e cada pauta dava sentido a minha profissão. Sou muito feliz de ter vestido essa camisa, mas é hora de encerrar o ciclo. E o melhor: sair de portas abertas. É sinal de missão cumprida e do mais importante: saber que sempre temos para onde voltar. E eu tenho. Minha família e meus amigos estarão sempre aqui. E eu jamais vou esquecer de onde vim. Mas eu preciso seguir escrevendo a minha história, em outras páginas, em outros formatos. E, diferentemente do guri da música que estava indo para Santa Catarina atrás de “linda menina” para sua mãe chamar de “nora”, eu estou indo viver o meu maior sonho. “Meu coração tá no Rio Grande” mas, a partir dos próximos dias, nos vemos nas telinhas, “lá por Santa Catarina”.

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