As chuvas dos últimos dias mudaram o cenário do Lago Dourado, em Santa Cruz do Sul. Até dias atrás, a escassez de água fazia se pensar em racionamento de água. No entanto, com o acumulado de chuvas que chegou a 98 milímetros no Centro de Santa Cruz, registrados somente na semana passada, recuperaram parte do lago que opera agora com 40% do volume normal.

Em entrevista à Rádio Gazeta na manhã desta segunda-feira, 25, o superintendente regional da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), José Roberto Epstein, explicou que, comparado com duas semanas atrás, o lago subiu mais de meio metro, o que representa quase 30 dias do consumo de água. “Tínhamos um objetivo e fizemos todo o esforço possível tanto operacional com estratégias e ações nesse momento de recuperação. Só para ter uma ideia, desde quinta passada até agora houve uma recuperação de quase 20 centímetros no nível. As chuvas acentuaram e agora o nível se estabiliza e começa uma recuperação menor.”

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Ele ainda lembra que o nível do Rio Pardinho está em 1,80 metro e antes da chuva registrava 1,35 metro. “Há duas semanas a régua estava zerada, não passava água na barragem. Então esse acumulado de quase 200 milímetros de chuva na região contribuiu para essa melhoria.”

Recuperação lenta

Epstein ressalta que a recuperação do nível normal será lenta. No momento mais crítico, o Lago Dourado estava com 28% do nível normal, no dia 10 de maio. Agora, está próximo dos 40%, mas esse processo é lento pelo tamanho do local. “São 3,8 milhões de metros cúbicos de água, não capta direto do rio, mas sim de uma adutora, de um desvio do rio, e a vazão é mais baixa. Temos quase 1,70 para recuperar para o próximo verão, mas já estamos em uma situação confortável”.

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Com duas estruturas para captação no Rio Padinho, a Corsan capta 80% do volume de água necessária para abastecimento da cidade diretamente no manancial. A medida ocorre para preservar e ajudar na recuperação do Lago Dourado.

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