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FECHA QUARTEL

Megaoperação da Brigada Militar prendeu assassinos e traficantes

Foto: Cristiano Silva

Jovem de 22 anos e adolescente de 15 foram interceptados pela Força Tática minutos após um homicídio no Bairro Margarida

Eram 20h30 de quarta-feira, 27, quando uma guarnição da Força Tática (FT) da Brigada Militar (BM) estacionou em frente à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Santa Cruz do Sul. Da traseira da viatura, saíram dois assassinos algemados. As armas do crime, dois revólveres calibre 38, também foram apresentadas pelos PMs. Esse foi o principal desfecho de uma megaoperação realizada pelo Comando Regional de Polícia Ostensiva do Vale do Rio Pardo (CRPO/VRP), acompanhada pela Gazeta do Sul, que resultou também na captura de traficantes e na apreensão de drogas, além de dinheiro de origem ilícita.

Intitulada Fecha Quartel, a megaoperação fez parte do chamado plano tático operacional da BM e foi desencadeada a partir da tarde de quarta-feira, de forma simultânea nos 23 municípios de circunscrição do Comando Regional. Em Santa Cruz, o 23º Batalhão de Polícia Militar (23º BPM) coordenou as ações. Além das guarnições da FT, equipes do policiamento ostensivo e agentes do Setor de Inteligência fizeram parte da operação.

Ao todo, 420 pessoas foram abordadas e identificadas. A primeira grande ação da tarde ocorreu às 15h45. Sete policiais da FT, em duas viaturas, faziam patrulhamento no Bairro Bom Jesus quando avistaram um indivíduo próximo a um conhecido ponto de tráfico na Rua Portugal. Ao abordá-lo, constataram que se tratava de um adolescente de 17 anos que já tinha sido apreendido pelas guarnições no mesmo local, em outra abordagem. Desta vez, ele estava com 73 pedras de crack, R$ 28,50 em dinheiro e um telefone celular.

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O material foi apreendido e o adolescente encaminhado até a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), onde um registro foi lavrado e o menor infrator liberado. Mais tarde, já por volta das 18 horas, uma das guarnições da FT abordou um suspeito no Bairro Várzea, nas proximidades de um ponto de tráfico na Rua Edwaldo Bender. Com ele foram encontradas quatro porções de maconha, totalizando 5,9 gramas, além de R$ 40,00 reais. O jovem de 20 anos foi preso e conduzido à DPPA, mas também acabou liberado.

“Resposta imediata à sociedade”, afirma Reis

O comandante do Comando Regional de Polícia Ostensiva do Vale do Rio Pardo (CRPO/VRP), coronel Valmir José dos Reis, destacou a rapidez com que os assassinos foram capturados. “Nossas equipes estão 24 horas por dia trabalhando nas ruas. Muitas vezes, temos frações de segundos para agir, captando informações, deslocando e atuando para produzir o efeito de restabelecimento da ordem pública quando ela é rompida, como no caso do homicídio. Esse é nosso trabalho, dar a resposta imediata à sociedade”, comentou o coronel Reis.

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Já o comandante do 23º Batalhão de Polícia Militar (23º BPM), major Fábio Vilnei da Silva Azevedo, ressaltou a importância de reprimir os crimes violentos, caso dos assassinatos. “Estávamos com a operação nas ruas, buscando coibir esses delitos. É importante destacarmos a retirada das armas de fogo de circulação e também a apreensão das drogas que fizemos, as quais geram um aumento de violência a partir das disputas entre grupos criminosos”, salientou Azevedo.

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Maconha rara estava escondida em porão

As principais abordagens da operação aconteceram durante a noite. Por volta das 19 horas, uma guarnição da FT recebeu a informação, via Centro Integrado de Operações e Emergências (Ciope), de que na Rua Petrópolis, no Bairro Pedreira, havia chegado uma mochila com drogas. Um homem conhecido no submundo do crime pelo apelido de “Bob Diefi” estaria escondendo os entorpecentes no porão de sua residência.

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Os policiais foram até lá e entraram no imóvel com a autorização de uma mulher. A equipe abordou o suspeito saindo do porão e, com ele, apreendeu uma porção de maconha. No mesmo local estava a mochila, que continha um saco plástico com grande quantidade da chamada maconha “camarão”. Trata-se de uma parte da droga dificilmente encontrada para venda, tendo alto valor no mercado do tráfico devido a seu elevado poder entorpecente.

A chamada “camarão” é a flor pura da planta de cannabis, onde fica a substância entorpecente. Possui teor de tetrahidrocanabinol (THC) muito superior à maconha prensada, tradicionalmente vendida nos pontos de tráfico, que tem grãos e galhos triturados e prensados para o comércio. O homem de 24 anos foi preso e conduzido até a DPPA, onde foi lavrado o registro. O acusado foi liberado na sequência.

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Droga conhecida como “camarão” estava dentro de uma mochila

Atiradores presos após assassinato

Depois da apreensão da maconha “camarão”, os policiais militares atenderam uma ocorrência de homicídio. Carlos William Oliveira de Freitas, de 22 anos, morreu após ser atingido por disparos na Rua Arlindo Kothe, proximidades do Centro Ocupacional do Bairro Margarida. Uma mulher de 25 anos recebeu um tiro no pescoço, mas sobreviveu.

Os assassinos chegaram em uma moto e abriram fogo. Antes do crime, os policiais da FT e do Setor de Inteligência já haviam interceptado uma informação sobre um assassinato que estaria “encomendado”, nas imediações do Bairro Margarida. De campana, perceberam a movimentação no bairro e conseguiram interceptar os dois atiradores em fuga, já na Rua Lothário Heuser, no mesmo bairro.

As armas do crime, dois revólveres, foram apreendidas ainda com os assassinos. Os atiradores, de 15 e 22 anos, foram encaminhados à DPPA. Em seguida, o maior foi conduzido ao Presídio Regional de Santa Cruz do Sul e o adolescente foi para a Fundação de Atendimento Sócio-Educativo (Fase), de Porto Alegre.

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Esse foi o 12º homicídio em Santa Cruz neste ano, o segundo no Bairro Margarida. A média no município, até o momento, é de um homicídio a cada 24 dias. As mortes, todas de homens, aconteceram em oito bairros – Progresso (3), Arroio Grande (2), Margarida (2), Bom Jesus, Santa Vitória, Santo Inácio, Rio Pardinho e Universitário.

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