O Centro de Cultura Jornalista Francisco José Frantz sedia uma exposição que marca os 100 anos da União dos Escoteiros do Brasil (UEB). Ao mesmo tempo, resgata a história do escotismo em Santa Cruz, que se iniciou em 1916 no Deutsches Realschule (hoje Colégio Mauá) e na Igreja Evangélica (IECLB).

Aproveitando a ocasião, relembramos de uma viagem que 28 escoteiros gaúchos, entre eles seis santa-cruzenses, realizaram ao Paraná de 14 a 22 de dezembro de 1953. O grupo, comandado pelos chefes Bonifácio Borba, Américo Borowsky e Antônio Souza, foi convidado para as comemorações do centenário daquele estado.

Para a realidade da época, o fato foi considerado uma aventura e mereceu reportagem na Gazeta. A tropa embarcou no Aeroporto Salgado Filho na manhã do dia 14 e, à tarde, abaixo de chuva, já montava acampamento no Capão da Imbuia (parque nas imediações de Curitiba).

Além de confraternizar com grupos do Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro, realizaram atividades inerentes ao escotismo, como exploração das áreas do parque, observação da fauna e flora, cozinha ao ar livre, construção de abrigos, jogos e outras. Também houve palestras, debates e passeios. Os garotos João Wilke e Getúlio Maria, da Tropa Santa Cruz, integraram a comissão que fez visita de cortesia ao governador paranaense.

Os cerca de 250 escoteiros presentes no acampamento ainda participaram de um desfile cívico-militar em Curitiba e conheceram jornais e pontos turísticos da capital. No dia 22, voltaram a Santa Cruz, contando maravilhas sobre a experiência que viveram.

Como as máquinas fotográficas eram raras, o chefe Américo (tio deste colunista!), desenhista das antigas Gráfica Minerva e Cia. de Fumos, retratava em desenhos a lápis os acampamentos mais importantes. Um deles, inclusive, foi feito em Curitiba.

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