Rádios ao vivo

Leia a Gazeta Digital

Publicidade

PROFESSORES

‘Podemos nos tornar uma profissão em extinção em pouco tempo’, diz presidente do Cpers sobre defasagem salarial

Representantes da categoria foram recebidos pelo secretário-chefe da Casa Civil

Sem reajuste salarial desde novembro de 2014, o Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers/Sindicato) participou da primeira reunião com o governo do Estado para tratar sobre salários dos professores e funcionários da Educação. De acordo com a presidente do sindicato, Helenir Aguiar Schürer, em entrevista ao programa Radar, da Rádio Gazeta 107,9, na tarde desta sexta-feira, 23, a representação da categoria foi recebida pelo governo e pede solução urgente para a defasagem salarial, atualmente em 45%.

“Conseguimos a audiência e também repassamos para o governo todas as nossas perdas e o nosso conhecimento sobre a arrecadação do Estado, que aumentou. Colocamos ainda esses 45% de defasagem no salário que temos desde 2014”, comentou. Conforme Helenir, também foi cobrada do governo a questão do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). De acordo com a presidente, até 60% do fundo pode ser usado para pagamento de salário de professores, no entanto, no Rio Grande do Sul, são usados apenas 35%.

LEIA MAIS: Sancionada lei que regulamenta repasses do Fundeb

Publicidade

Na quinta-feira, 21, os representantes do sindicato foram recebidos pelo secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos Junior, que teria se comprometido a organizar um segundo encontro, desta vez com presença das secretarias de Educação e Fazenda. A presidente Helenir entregou a Lemos um ofício com 27 pontos que abordam as perdas da categoria e analisam a situação fiscal do Estado. Acesse o documento aqui.

“Nós estamos chegando a um ponto que o nosso poder de compra pode chegar à metade do que tínhamos em 2014. Isso agravou muito o empobrecimento e endividamento dos professores e funcionários.” Ela mencionou ainda, que com a defasagem salarial, menos pessoas se interessam pela carreira docente. “Podemos nos tornar uma profissão em extinção em pouco tempo”, disse.

O Cpers/Sindicato lançou, no dia 18, a campanha “#ReposiçãoJÁ”. Peças publicitárias com as demandas da categoria têm sido veiculadas e todas as terças-feiras serão realizadas vigílias na Praça da Matriz, junto do Palácio Piratini, em Porto Alegre. A primeira ocorreu nessa terça, 20. Além disso, há um protesto previsto para o dia 13 de agosto, no mesmo local. O Cpers pretende entregar ao Executivo estadual moções de apoio à reposição salarial dos professores aprovadas em Câmaras de Vereadores de todo o estado.

Publicidade

Vigília em Porto Alegre na terça-feira, 20

LEIA MAIS: Governo e Cpers se reúnem em nova rodada de negociação

Aviso de cookies

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdos de seu interesse. Para saber mais, consulte a nossa Política de Privacidade.