Na mobilização por uma “cidade ambiental” dispomos de privilegiadas condições: Cinturão Verde, Lago Dourado, Piscinões, Rio Pardinho, Túnel Verde, praças, ruas arborizadas, parques, áreas verdes, Mata Atlântica, Pampa, monumentos naturais, jardins, diferenciadas expressões sacro/socio/econômico/culturais e uma predisposição coletiva para a recuperação e preservação de nosso hábitat, formado por diferenciados nichos, todos valiosos.

No encaminhamento da efetiva integração socioambiental precisamos encarar, entre outras, as seguintes questões: diminuir a pressão urbanizadora sobre áreas suscetíveis à degradação através de um novo Plano Diretor e da Educação Ambiental; isentar do IPTU as frações de áreas abrangidas pela poligonal do Cinturão Verde e assemelhadas; categorizar essas áreas como Unidades de Conservação, o que nos habilita acessar recursos de Fundos Ambientais.

A implementação do pagamento por serviços ambientais (PSA) e de um sistema em que pessoas ou instituições, numa parceria público-privada, pudessem adquirir voluntariamente cotas preservacionistas, seria bem aceita. Se faz oportuna a promissora fala do secretário César Cechinato: “Vamos ouvir falar muito do PSA daqui para a frente!” Ele também se mostra otimista em relação a outros mecanismos de financiamento preservacionista.

Ao nos dedicarmos, resolutivamente, por uma cidade ambiental, estaremos nos preparando para as consequências das mudanças climáticas, com ganhos em saúde integral e bem-estar coletivo, bem como na qualificação turística. Podemos nos tornar uma referência internacional, a ser visitada e vivenciada.
Todavia, na contramão da busca por uma cidade ambiental, em plena Semana do Meio Ambiente, árvores foram agredidas mortalmente na rótula da Gaspar Martins, local de entrada da cidade, onde placas indicam nossos parques. A natureza foi desrespeitada e com ela, cada um de nós.

PRAZEROSA ORGANIZAÇÃO COLETIVA
A Semana do Meio Ambiente de Santa Cruz do Sul, realizada na forma colaborativa de “Rede Distribuída”, conforme termos difundidos por João Vogt, contou com a participação da Prefeitura, ACI, entidades de classe, conselhos, empresas, associações, ONGs, palestrantes, mobilizadores, educandários, proprietários, imprensa e comunidade. O evento se constituiu em um marco de engajamento rumo a uma aprimorada Cidade Ambiental.

Engajamento que informa, alerta, denuncia, mas também se felicita. Como diz a bióloga Tatiana Straatmann: “A gente pode colocar nossa energia a favor do que se quer e não só contra. É um movimento que cativa.” Cativantes como tudo o que foi desenvolvido durante a semana, a exemplo dos painéis de abertura e encerramento coordenados pela engenheira ambiental Débora Leonhardt da Silva.
Ao final das manifestações, o Dr. Barin disse tudo: “O Cinturão Verde precisa de ações!”

E-BOOK CINTURÃO VERDE
Elaborado pela Associação Cayana Vida Silvestre, com o apoio do Coletivo Lixo Zero SCS e do Programa de Pós-graduação em Tecnologia Ambiental (Unisc), encontra-se disponível um ilustrativo e-book, que pode ser acessado livremente, bastando ingressar no Instagram “cayanavidasilvestre” e clicar no link da bio. O E-book também está disponível no site da prefeitura (https://www.santacruz.rs.gov.br).

ROTARY OESTE, GAZETA E COMUNIDADE:
MUITO OBRIGADO!
No dia 3 deste junho, em sua 33ª edição, o Rotary Oeste e a Gazeta distinguiram comunitariamente a 29 destacados em diferentes áreas. Por certo, cada um dos contemplados se manifesta em seu tom e modo. Todavia, a sinergia das manifestações, expressas ou resguardadas, se ergue com a força da coletividade.

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