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Na busca do acesso

Rodrigo: herói da classificação do Avenida para a semifinal da Série A2

Foto: Alencar da Rosa

Rodrigo com o filho Fred e a esposa Patrícia

O goleiro Rodrigo Santos saltou no canto esquerdo e defendeu a cobrança de Cristian, do Veranópolis. Depois correu para ser abraçado pelos companheiros e comemorar a classificação do Avenida para a semifinal do Campeonato Gaúcho da Série A2. Esse foi o desfecho da noite de segunda-feira no Estádio Antônio David Farina. Superado no tempo normal, o Avenida precisou da decisão por pênaltis para carimbar a vaga e manter-se na busca pelo acesso ao Gauchão 2023.

A emoção pela defesa foi gigantesca. Na série anterior, Léo Bahia cobrou no canto direito e o goleiro Prezzi defendeu. Na sequência, Rodrigo caiu no canto esquerdo, mas viu Marquinhos carimbar a trave direita. Com a sobrevida na disputa, Jhonata converteu e possibilitou que a estrela de Rodrigo brilhasse na sétima penalidade do time da casa. “Fico feliz em ajudar e pelo trabalho que está sendo desenvolvido há três anos, desde que voltei para o Avenida. As coisas estão dando certo. No ano passado não deu, mas seguimos trabalhando sério. Superamos uma grande equipe e agora teremos um novo desafio contra o Passo Fundo”, salientou.

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Além da façanha nas penalidades, Rodrigo destacou uma defesa fundamental no tempo normal, ainda no primeiro tempo. Dois minutos após o gol sofrido, Tom finalizou à queima-roupa, mas o goleiro avenidense impediu que o Veranópolis ampliasse o marcador. “Eu pensei que seria o 2 a 0. Mas a bola bateu no meu braço e no peito antes de sair. Meus companheiros me passam muita confiança. Está sendo um ano muito bacana”, detalhou. Para a defesa que sacramentou a classificação, Rodrigo fez uma leitura corporal do batedor. “Deu para perceber que ele iria chapar no canto. Saltei para o lado certo e consegui defender. Quase peguei o do Garraty porque eu sabia onde ele costuma bater, conforme a comissão técnica me passou. Cheguei a tocar na bola. No fim, deu tudo certo. A torcida que veio terá uma grande história para contar. Torcedor gosta de pênaltis. A gente que não gosta muito”, comentou.

Rodrigo é um cara de família

Aos 39 anos, Rodrigo pretende atuar durante mais três anos. Espera ser o titular do Avenida no Gauchão 2023. Jogar futebol é o que mais ama na vida. Ele considera que nasceu para ser goleiro. Uma vocação desde a infância. Casado com a servidora pública Patrícia Herberts e pai do pequeno Fred, de oito anos, o goleiro tem a família como porto seguro, tanto para os bons como para os maus momentos. Mamá, como é carinhosamente chamado, conta com o apoio dos dois até mesmo nos jogos fora de casa.

Para Patrícia, além da emoção de ver Rodrigo brilhar no Avenida, sente-se orgulhosa pelo êxito do marido e de toda a equipe. “A gente supera muitas dificuldades. Muitas vezes, estou somente com o Fred, já que o Rodrigo viaja para os jogos fora. Já conseguimos o acesso em 2017, mas neste ano está sendo mais difícil. No ano passado, ele acabou não jogando nas últimas partidas e foi muito complicado para nós que torcemos”, relata.

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Rodrigo afirma que dá para sentir quando o jogo se encaminha para um lado. “Teve um lance de cruzamento em que nem fui na bola. Achei que iria bem longe do gol, mas passou rente à trave. Naquele momento eu vi que estava para nós. Fiz uma defesa difícil logo depois do gol. Nos pênaltis, o lado psicológico conta muito. Tem que estar bem mentalmente para desestabilizar o cobrador. Eu tinha a cola de três batedores. Quase peguei o quinto, tive a sorte da bola na trave e depois conseguiu defender”, recordou.

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O goleiro enfatizou que o grupo tem treinado no barro e no frio. Um período de clima adverso durante a competição, com muitas chuvas. “O goleiro é a última defesa. A gente se sente orgulhoso de estar salvando. Se vier o acesso, será excelente. Tenho um carinho imenso pelo Avenida. Sou amigo do Jair e do Guilherme. Pesa ainda mais para a gente. Virei santa-cruzense e a gente acaba fazendo parte da comunidade. Nunca recebi tanta mensagem, pessoas me adicionando nas redes sociais.”

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Para Rodrigo, a família é importante. “Nunca imaginava o que tenho hoje. Uma mulher maravilhosa e um filho incrível, que é tudo o que sonhei, para jogar bola e videogame. Sou realizado. Tento ser melhor a cada dia. Muitas vezes é difícil quando a gente perde. A Patty está acostumada. Estamos há tanto tempo juntos e fomos para tantos lugares. Não é fácil porque a cada momento as coisas mudam.”

Desafios da vida de jogador

Patrícia trabalha na Prefeitura desde 2003. Com a estabilidade do emprego, ela que acompanhava Rodrigo assim que possível nos clubes pelos quais ele atuava. Depois do nascimento de Fred, o goleiro tentou acertar com clubes nas proximidades. “Temos esse desafio da incerteza. Quando ele foi jogar no Ypiranga, consegui uma licença e fomos morar em Erechim. Mas foi uma exceção”, conta. Para Fred, ver o pai em ação é motivo de alegria. Já na escolinha de futebol, a mãe estimula que o filho siga outro rumo, apesar do técnico Titi considerar o garoto com perfil de goleiro. “O Avenida vai subir”, profetiza o menino.

Rodrigo frisa que o grupo é bom e está fazendo de tudo para alcançar o objetivo. Após a chegada do técnico Márcio Nunes, a equipe evoluiu taticamente e ganhou reforços importantes. “Não vamos bater na trave duas vezes. Muita gente está emanando energias positivas e isso atrai coisas boas, mais confiança em campo. A torcida confia em mim e isso é recíproco. Todos acreditam e pensam de forma positiva. É gratificante e valoriza o que a gente faz.”

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Após deixar os gramados, Rodrigo pretende se afastar do futebol para curtir a família. Não pensa nem em ser preparador de goleiros, por enquanto. No máximo, auxiliar técnico. “Futebol nos dá muita tensão. É teste para cardíaco mesmo. É um ciclo que vou encerrar. Depois vai ser só na brincadeira com os amigos, sem pressão. Vou poder aproveitar mais a família, estar mais próximo”, conclui.

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