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EXPRESSÃO TEATRAL

Simone Bencke: o palco é dela

Foto: Rafaelly Machado

Na sala de aula da Escola Estadual de Educação Básica Estado de Goiás, no ensino fundamental, era Virgínia Fritsch, a professora de português, que ministrava as aulas de teatro. “Assim comecei a gostar de fazer teatro”, relembra a então aluna Simone Bencke, que atribui à mestra a inspiração para o início de uma carreira de entrega à arte. O amor pelo teatro se revelou na escola, com apenas 13 anos. “Sou eternamente grata. Foi o instinto, a vontade dela em fazer teatro que despertou em mim esse amor.”

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Ainda na adolescência, junto com as amigas da vizinhança, apropriava-se da rua onde morava como cenário para a expressão teatral. Os espectadores eram os vizinhos, que assistiam às apresentações com estima. “O teatro é uma brincadeira natural da minha vida.” Ao prosseguir os estudos, agora no Colégio Sagrado Coração de Jesus, Simone, que é natural de Santa Cruz, era uma das atrizes do grupo de teatro que transformava os corredores da instituição de ensino em palco para as apresentações. O despontar de um talento, que ora alinhava os primeiros sinais, rendeu o convite para integrar o grupo Polivalente, referência da cidade no teatro profissional.

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Após concluir o ensino médio, Simone iniciou o curso superior de Letras, mas não chegou ao fim dele. “Lembro do dia em que o professor de redação disse: ‘acho que és do teatro’”. E ele tinha razão. Foi o primeiro passo para a decisão de cursar Artes Cênicas, na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

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Uma “tríade” inseparável

“Voltei a Santa Cruz e não deu nem para respirar.” Já formada, Simone começou a atuar como atriz, diretora e professora de teatro. “Isso tudo nasce dentro da escola. Essas três coisas sempre estiveram juntas.” Na trajetória por inúmeros palcos, criou oficinas de teatro, tornou-se professora do Colégio Mauá, passou pelos grupos Polivalente, Górdios e Busílis e Aliança, fundou o Grupo de Cara na Rua, participou da Companhia de Teatro Unisc e, desde 2002, integra o Grupo de Teatro Camarim, fundado por Simone, Eduardo Spall, Pilly Calvin, Fernando Fischer, Heloisa Pierozan e Renata Salvi.

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Espetáculos como Viagem a Lorca e Enquanto os Anjos Tomam Coca-Cola foram marcos referenciais de um caminho que se solidificou com “pequenas grandes experiências”, como define. O Grupo de Teatro de Rio Pardinho é a mais recente criação. Hoje, Simone é professora de teatro no Colégio Mauá e atua como atriz e diretora em diferentes grupos. Sobre referências e inspirações, ela cita a professora Virgínia Fritsch, Graciomar da Silveira, Roman Riesch, Fernanda Montenegro, Paulo José, Paulo e Gilda Rauber, Marcos Barreto, Ariano Suassuna e Nelson Rodrigues.

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Na família dela não há atores. Entretanto, o avô, um excelente trompetista, é uma influência na construção da artista com o legado da música, que considera ter papel fundamental no teatro. O seio familiar sempre foi alicerce por entender o quão natural era o percurso escolhido por ela.
Simone traz na bagagem o sucesso de peças teatrais lembradas até hoje, em que dirigiu e atuou; as aulas e os alunos que despertaram para a arte cênica; e as experiências únicas que o teatro proporcionou, como morar no Rio de Janeiro e em Portugal e a participação em filme com Dira Paes. Além disso, ela e o marido, que foram unidos pelo teatro, trabalham juntos na profissão até hoje.

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O espaço Camarim

Escolhido como sede de ensaios do Grupo de Teatro Camarim, o ambiente no segundo andar do antigo Colégio Mauá, na esquina da Borges com a Marechal Floriano, tornou-se referência cultural em Santa Cruz. Com agenda semanal diversificada e ativa, durante 15 anos, sediou oficinas e produção de espetáculos, recebeu shows de música, peças de teatro e outras atrações culturais locais, estaduais e nacionais. Sem sede física desde 2017, o Grupo segue como empresa, com Simone e o marido, que é ator e produtor cultural, como sócios. A participação de Simone é como atriz, diretora, produtora cultural e professora de oficinas.

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