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Da terra e da gente

A força da delicadeza

Ainda pelo Dia Internacional da Mulher, transcorrido ontem (quando na verdade sairia esta coluna, mas o espaço, pela data, foi cedido justamente para colunista mulher, e assim meu texto é publicado hoje), vale recuperar frase já aqui referida por neta hoje adolescente, ainda nos tempos de infância, de que “a mulher manda porque é delicada”, ou mostra força por sua delicadeza. À primeira vista parecendo contraditória e vindo de quem ainda não tinha conhecimento maior das relações humanas, ela faz muito sentido se a analisarmos com mais profundidade e merece ser inclusive enaltecida em tempos atuais, onde por certo nos falta mais ternura.

É preciso convir, no meio masculino, que é muito mais fácil aceitar um pedido, ou mesmo uma ordem, quando isso é feito com jeito, atenção, carinho, ou seja, delicadeza. Gestos amorosos, compreensivos, ainda que e ao mesmo tempo firmes e incisivos, são muito mais produtivos e frutíferos do que posições extremadas e prepotentes. E ninguém melhor do que a mulher e suas genuínas características para dar exemplo de atitudes mais delicadas e ternas, e nada melhor do que observamos tal realidade em nossas relações próximas.

Ninguém, por outro lado, pode negar que essa mensagem precisa ser reforçada e recuperada em nossos dias, quando tantas vezes a tensão, a polarização, o ódio, a incompreensão estão no ar, a começar pelo lar. Colocar no devido e destacado lugar o atributo da delicadeza e ternura da mulher, sem desconsiderar os demais que a habilitam a estar no mínimo no mesmo nível do homem, parece ser também uma mensagem adequada para o momento justo de homenagem que se faz.

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O melhor relacionamento humano, que começa muito pela compreensão e tolerância mútuas dos casais, em que cada qual dos componentes exerce importante papel e a mulher sem dúvida se destaca, pode ser muito bem impulsionado com a força positiva da sensibilidade feminina, assim como esta também pode e deve ser estimulada no lado masculino, que dela normalmente carece. Dizia muito bem a nossa ilustre conterrânea, Lya Luft, que nos deixou há pouco, em “Canção das Mulheres”, no livro Pensar é transgredir, de 2004: “Que o outro aceite que eu me preocupe com ele e não se irrite com minha solicitude, e se for excessiva, saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor”.

Por isso mesmo, neste dia dedicado de modo especial às mulheres, quero dizer, de modo delicado e carinhoso, que muito aprendi no convívio com elas, desde a infância e em especial após a constituição da família própria, emoldurada e florida por elas, o que só contribuiu para maior crescimento pessoal e humano. Evidenciou-se cada vez mais para mim que este depende essencialmente de mais amor, mais coração, mais atenção, e de menos razão, menos fígado e muito menos punho, em nossas palavras e nossos gestos.

Como sempre deixo nesta ocasião alguma flor e alguma poesia para lembrar disso, concluo aqui com este breve verso: Homem e mulher / Frente a frente / Quem é mais forte? / Quem dobra o braço? / Ou quem dobra o coração?

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