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Eleições 2022

ÁUDIOS: relembre as entrevistas da Gazeta com os candidatos ao governo gaúcho

Foto: Alencar da Rosa

Gazeta do Sul, o Portal Gaz e a Rádio Gazeta 107,9 FM veicularam nas últimas duas semanas uma série de entrevistas exclusivas com os candidatos ao governo do Rio Grande do Sul. As conversas abordaram os principais temas em discussão nesta campanha, publicadas entre os dias 22 de agosto e 1º de setembro.

As entrevistas foram realizadas em Porto Alegre, com a condução dos jornalistas Pedro Garcia e Ronaldo Falkenback. Já as imagens foram captadas pelo fotógrafo Alencar da Rosa. Foram ouvidos os nove principais postulantes. A ordem das publicações respeitou o critério alfabético.

Nas sabatinas, os candidatos foram questionados sobre temas determinantes para o futuro do Estado e assuntos polêmicos, como a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal e a implantação de câmeras em fardas de policiais. Relembre cada publicação e ouça as entrevistas nos players do Spotify.

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As entrevistas

Edegar Pretto (PT)

Foto: Alencar da Rosa

Edegar Pretto (PT) se apresenta nos debates como “o candidato do Lula”. Na entrevista que concedeu em seu comitê de campanha na Rua General Lima e Silva, em Porto Alegre, buscou a todo momento evocar os feitos do PT tanto no Estado quanto no país. Foi assim ao ser questionado sobre educação, saúde, segurança e valorização de servidores, por exemplo. Também não poupou críticas à gestão de Eduardo Leite (PSDB), seu adversário na disputa. Condenou o acordo de recuperação fiscal com a União e as privatizações e acusou o governo de falhar no atendimento a empresários e agricultores durante a pandemia.

Filho do ex-deputado Adão Pretto, que foi um dos fundadores do MST, e irmão do ex-vereador de Viamão Adão Pretto Filho, cumpre o terceiro mandato na Assembleia Legislativa, a qual presidiu em 2017, e é ligado a movimentos sociais, sobretudo do campo. Na conversa, defendeu políticas de incentivo a pequenas empresas por meio de crédito com juros subsidiados para estimular a economia e, como consequência, alavancar a arrecadação. Isso, segundo ele, deve permitir um aporte maior de recursos para áreas essenciais, o que inclui cumprir a previsão constitucional de destinar 12% do orçamento para a saúde. Também defendeu desonerações fiscais e concessões de rodovias, porém alegou que é preciso mais transparência nesses processos.

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Ouça a entrevista:


Eduardo Leite (PSDB)

Foto: Alencar da Rosa

Após fazer história quatro anos atrás ao chegar ao Palácio Piratini com somente 33 anos, Eduardo Leite (PSDB) busca agora romper a tradição de um estado que jamais reelegeu um governador. Na campanha recém-iniciada, o tucano vem sendo o principal alvo dos demais candidatos, que atacam sobretudo a sua renúncia em março último, quando ainda tentava viabilizar uma candidatura à Presidência da República, embora tenha perdido as prévias de seu partido.

Na entrevista que concedeu na sede de uma produtora no Bairro Menino Deus, em Porto Alegre, Leite, que iniciou a carreira como vereador e prefeito em Pelotas, defendeu as duas medidas que marcaram a sua gestão: as privatizações de estatais e a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal. Diferente de 2018, desta vez admitiu a possibilidade de desestatizar o Banrisul, embora afirme que não há urgência para isso.

Ao ser questionado sobre alguns dos principais desafios do futuro governo, como a infraestrutura das escolas e a lista de espera por procedimentos na saúde, pregou a todo momento a continuidade de programas já iniciados. Admitiu a necessidade de reestruturação do IPE Saúde para que as receitas do órgão voltem a cobrir as despesas. Disse que seguirá com as concessões rodoviárias e prometeu avanços em desburocratização para licenças ambientais de açudes.

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Ouça a entrevista:


Luis Carlos Heinze (PP)

Foto: Alencar da Rosa

Quatro anos atrás, Luis Carlos Heinze (PP) chegou a lançar-se pré-candidato a governador, mas teve que recuar por decisão do partido. Acabou elegendo-se senador. Este ano, não abriu mão de concorrer ao Piratini, ainda que tenha que dividir o apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL), de quem vem sendo um dos principais aliados.

Natural de Candelária, ex-prefeito de São Borja e deputado federal por 20 anos, o progressista, na entrevista que concedeu em seu comitê de campanha, no centro de Porto Alegre, afirmou que somente com investimentos privados o Rio Grande do Sul poderá superar os gargalos de infraestrutura, que incluem geração de energia, rodovias e hidrovias. Para isso, defendeu fortemente medidas para simplificar a criação de empresas – no que toca à questão dos licenciamentos ambientais, por exemplo. Em contrapartida, demonstrou cautela ao falar das privatizações da Corsan e do Banrisul.

Agrônomo de formação, propôs a criação de programas para proteção de vertentes e recuperação de matas ciliares para proteger as lavouras do Estado contra as estiagens cada vez mais frequentes; e pregou o uso de tecnologia em áreas como saúde (com a telemedicina e a criação de um prontuário eletrônico) e segurança (com a integração das imagens das forças policiais e das empresas de vigilância). Descartou, porém, câmeras em uniformes de policiais.

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Ouça a entrevista:


Onyx Lorenzoni (PL)

Foto: Alencar da Rosa

Onyx Lorenzoni (PL) se diz “liberal desde sempre”. Defende fortemente concessões, privatizações e desburocratização e afirma que dinheiro nas mãos das pessoas produz efeitos melhores do que nas mãos do Estado. É crítico, porém, à forma como estatais gaúchas, como a CEEE, foram vendidas pelo governo de Eduardo Leite (PSDB), a quem dirige reprovações reiteradas e até evita citar o nome, referindo-se como “o rapaz que renunciou ao Rio Grande”.

Na entrevista que concedeu no Hotel Deville, em Porto Alegre, chamou de “escândalo” a situação do IPE Saúde, que acumula uma dívida de R$ 1 bilhão, e de “crime de lesa-pátria” o acordo de recuperação fiscal assinado pelo atual governo. Também sinalizou que, apesar do posicionamento pró-iniciativa privada, não deve desestatizar o Banrisul, caso seja eleito.

Natural de Porto Alegre, onde concorreu a prefeito em duas ocasiões, é médico veterinário e enfileirou mandatos na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal desde a década de 90 até se tornar um dos fiéis escudeiros de Jair Bolsonaro (PL), chegando a ocupar quatro ministérios na gestão. Também prega investimentos em infraestrutura e turismo e a criação de clínicas de especialidades para reduzir a fila de espera por procedimentos na Saúde. Na área da Educação, um dos seus motes são as escolas cívico-militares, que pretende expandir.

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Ouça a entrevista:


Rejane de Oliveira (PSTU)

Foto: Alencar da Rosa

Única mulher entre 11 candidaturas ao governo gaúcho, Rejane de Oliveira (PSTU) apresenta um programa que define como “socialista e revolucionário”. Na entrevista que concedeu em uma residência no Bairro Jardim Isabel, em Porto Alegre, defendeu até expropriação de grandes empresas. Antecipou-se à crítica ao afirmar que não se trata de utopia e alegou que sua vitória representaria uma autorização da população para implementar essas medidas. Reconheceu, no entanto, a dificuldade para vencer este ano.

Para ela, a geração de emprego e renda passa por redução da jornada de trabalho e ampliação de investimentos públicos. Quando questionada sobre de onde tirar os recursos para isso, afirmou que pretende contestar a dívida com a União e estancar as isenções para as companhias de grande porte – preservando, no entanto, os micro e pequenos negócios.

Natural de Porto Alegre, Rejane é professora aposentada da rede estadual e tornou-se conhecida por, enquanto presidente do Cpers/Sindicato, liderar grandes manifestações do magistério, sobretudo no governo Yeda Crusius (PSDB). É a primeira vez, no entanto, que concorre a um cargo público. Seu plano inclui ainda a criação de conselhos populares, que seriam os responsáveis por orientar as ações do governo e apontar as prioridades. Assim, conforme ela, seria definido qual escola ou estrada deve receber aportes.

LEIA: Rejane de Oliveira: “Nós estamos cedendo a uma agiotagem”

Ouça a entrevista:


Ricardo Jobim (Novo)

Foto: Alencar da Rosa

Ricardo Jobim (Novo) não poupa críticas aos grupos políticos tradicionais. Não hesita em afirmar que os partidos contra quem concorre são os responsáveis pela crise profunda na qual o Estado mergulhou nas últimas décadas – e que, segundo ele, ainda está longe de acabar – e contesta, inclusive, os candidatos de quem é mais próximo ideologicamente. Um dos únicos a defender a adesão do Estado ao Regime de Recuperação Fiscal, embora reconheça as amarras jurídicas impostas pelo acordo, também defende privatizações, incluindo a do Banrisul. A proposta é utilizar o dinheiro que seria captado com a venda do banco para fazer, nas suas palavras, “uma revolução na educação”.

Advogado e empresário – é proprietário do jornal Diário de Santa Maria, sediado em sua terra natal –, tem entre suas propostas municipalizar as escolas de Ensino Fundamental e investir em um Ensino Médio voltado à profissionalização, com foco em atender às demandas de mão de obra do mercado. Para ele, a participação da iniciativa privada pode ser ampliada em diversos setores, como na construção de presídios e na saúde. Decidido a extinguir a EGR, também aposta em concessões rodoviárias, mas afirma que é preciso mais debate sobre pedagiamento. Prega ainda flexibilizações para licenciamentos ambientais de barragens, como forma de minimizar os impactos das sucessivas estiagens.

LEIA: Ricardo Jobim: “Defendemos a privatização do Banrisul”

Ouça a entrevista:


Roberto Argenta (PSC)

Foto: Alencar da Rosa

A candidatura de Roberto Argenta (PSC) a governador marca a volta do empresário à cena política. Após concluir o único mandato de deputado federal em 2002, quando não conseguiu se reeleger, Argenta, que também foi prefeito e vereador em Igrejinha, dedicou-se nas últimas décadas aos seus negócios, que incluem a gigante de calçados Beira-Rio e, mais recentemente, o complexo Termas Romanas, em Recanto Maestro. Decidido a disputar o Piratini, chegou a filiar-se no ano passado ao MDB mas, sem apoio interno, migrou para o PSC.

Natural de Gramado e formado em Ciências Contábeis, Argenta evoca a todo momento a sua experiência como empresário e foca na pauta da geração de empregos. Na entrevista que concedeu em um coworking no Bairro Petrópolis, em Porto Alegre, defendeu o estímulo à empregabilidade como caminho até para reduzir a fila de espera por procedimentos de saúde e os feminicídios. Fala, inclusive, em criar uma secretaria voltada ao emprego, que conjugaria os apoios ao setor produtivo e à gestão do turismo.

Outro foco de seu programa é a redução de despesas, que pretende atingir com enxugamento da estrutura administrativa – de 25 para 12 pastas, a exemplo de Minas Gerais –, venda de imóveis subutilizados – incluindo o Palácio das Hortênsias, em Canela – e CCs. Em outra frente, defende parcerias com empresas para viabilizar reformas em escolas.

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Ouça a entrevista:


Vicente Bogo (PSB)

Foto: Alencar da Rosa

Vicente Bogo (PSB) foi um dos cinco membros mais jovens da Assembleia Nacional Constituinte. Ao longo do processo que deu origem à atual Carta Magna, apresentou 111 propostas, das quais 32 foram aprovadas. Alguns anos depois, tornaria-se vice-governador do Rio Grande do Sul na gestão de Antônio Britto – período, por sinal, marcado pela federalização da dívida dos estados, do início do ciclo de privatizações de estatais e das primeiras concessões rodoviárias, temas que estão em ampla evidência na campanha atual.

Natural de Santa Catarina, Bogo, que é professor universitário, iniciou a vida pública em Santa Rosa e não ocupa cargos públicos desde 1999, quando deixou o Piratini. Sua volta à cena política se deu após sair do PSDB, partido do qual foi fundador, em março deste ano, e sobretudo após a desistência de Beto Albuquerque de concorrer a governador, às vésperas das convenções.

Na entrevista que concedeu na sede estadual do PSB, em Porto Alegre, Bogo disse que pretende reabrir a negociação com a União em torno da dívida por considerar que o acordo encaminhado pelo governo atual transforma o Estado em um “território federal”. Descartou privatizar Banrisul e Corsan, prometeu adotar modelos de incentivos a empresas criados em Santa Catarina e acusou as recentes concessões de estradas de falta de transparência.

LEIA: Vicente Bogo: “O Rio Grande virou um território federal”

Ouça a entrevista:


Vieira da Cunha (PDT)

Foto: Alencar da Rosa

Vieira da Cunha (PDT) concorre pela segunda vez a governador. A primeira foi em 2014, quando ficou em quarto lugar. Uma de suas principais bandeiras, no entanto, é a mesma: expandir o ensino em tempo integral, defendido pioneiramente por Leonel Brizola. A meta é atender 200 mil crianças e jovens com o modelo – hoje, são cerca de 20 mil. Para viabilizar isso, pretende ampliar gradualmente o orçamento da Educação até atingir o mínimo constitucional de 35%.

Procurador do Ministério Público com passagens pela Câmara de Porto Alegre, Assembleia Legislativa, Congresso Nacional e Secretaria Estadual de Educação, também foi presidente da CEEE no governo Alceu Collares e critica duramente as privatizações realizadas pela atual gestão – incluindo a da própria CEEE –, embora defenda concessões rodoviárias, com extinção da EGR, e garanta não ter preconceito com parcerias público-privadas. Também é crítico ferrenho da adesão ao Regime de Recuperação Fiscal e afirma que irá contestar o acordo, se preciso judicialmente.

Na entrevista que concedeu em sua residência, no Bairro Menino Deus, em Porto Alegre, cobrou que a União faça a compensação aos estados pela recente redução no teto do ICMS, defendeu um fundo para atendimento a catástrofes naturais e afirmou que pretende implantar em larga escala câmeras em viaturas e uniformes de policiais.

LEIA: Vieira da Cunha: “Não dobrarei a espinha para a União”

Ouça a entrevista:


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