Rádios ao vivo

Leia a Gazeta Digital

Publicidade

Rio Pardo

Inquérito sobre tentativa de estupro será enviado ao Judiciário nesta semana

Foto: Lula Helfer

Marta diz buscar justiça para que agressões não se repitam com outras mulheres

A Polícia Civil concluiu a investigação do caso da tentativa de estupro sofrida pela rio-pardense Marta Thailise Konzen Fusieger, no dia 11 de dezembro. Pelo menos seis testemunhas prestaram esclarecimentos ao delegado titular da DP de Rio Pardo, Anderson Faturi. Elas presenciaram parte do fato, no qual a mulher, de 27 anos, foi raptada por um homem enquanto voltava para casa, às 22h15.

“Estamos com a investigação concluída. Ouvimos todas as testemunhas arroladas e recebemos os laudos da perícia no corpo da vítima. Ainda nesta semana, iremos remeter o inquérito ao Poder Judiciário”, afirmou o delegado Faturi. O advogado do homem de 24 anos, acusado de tentativa de estupro, deixou-o à disposição para prestar esclarecimentos sobre o caso, mas a Polícia Civil preferiu não ouvir o agressor neste momento.

“Seguimos procedimentos de praxe em casos como este, quando temos uma certa urgência em mandar o inquérito ao Judiciário”, comentou o delegado sobre o fato. Segundo Faturi, o inquérito será baseado nas provas testemunhais. O registro de imagens de câmeras de segurança, apresentado como possível prova da ação criminosa, não foi utilizado como elemento.

Publicidade

LEIA MAIS: Mulher sofre tentativa de estupro em Rio Pardo

Delegado Faturi: “Ouvimos todas as testemunhas arroladas e recebemos os laudos da perícia no corpo da vítima”

Anexado ao documento policial, contudo, está um laudo de verificação de violência sexual, realizado por Marta no Posto Médico Legal (PML) de Santa Cruz do Sul, na manhã do dia 14 de dezembro – três dias após o crime. O perito afirmou no documento que não tinha elementos suficientes para confirmar se havia sinais de conjunção carnal ou ato libidinoso recente ou antigo no corpo de Marta.

Entretanto, deixou claro que havia vestígios contundentes de violência imposta à vítima. Ainda na noite do fato, após a tentativa de estupro, Marta Fusieger foi tratar dos ferimentos no Hospital Regional do Vale do Rio Pardo. Ela ficou com graves lesões nas costas, braços, pernas, nádegas e pescoço. Por fim, às 2h30, acompanhada de policiais militares, ainda foi à Delegacia de Polícia de Rio Pardo registrar a ocorrência.

Publicidade

LEIA MAIS: “Acabou com parte de mim”, desabafa vítima de tentativa de estupro

“Quando ele for preso, vou poder dormir de novo”
Na noite de 11 de dezembro de 2020, Marta havia ido buscar um remédio na residência da mãe, que fica a cerca de 800 metros da casa dela, no Bairro Ramiz Galvão, Rio Pardo. Ao retornar para casa, foi raptada por um homem que a levou para perto dos trilhos da Estação Férrea, onde tentou despi-la. Segundo a vítima, o rapaz aparentava estar sob efeito de drogas e bebida alcoólica. Ele não conseguiu consumar o ato sexual.

Depois de 40 minutos sendo vítima de agressões e xingamentos, Marta estava em poder do criminoso nas imediações da casa da mãe, fato que o agressor não sabia. Em determinado momento, ela conseguiu juntar forças para empurrar o homem e sair gritando. A vizinhança ouviu, e o indivíduo de 24 anos fugiu. Ele não foi encontrado pela Brigada Militar durante a madrugada do crime. Como antecedente, já havia sido preso em flagrante em janeiro de 2018, por assalto a um taxista, também em Ramiz Galvão.

Publicidade

LEIA TAMBÉM: Lei obriga síndicos a denunciarem casos de violência doméstica

Comentários no bairro onde o fato aconteceu indicam que o agressor teria saído de Rio Pardo, indo para a casa de parentes em Vale Verde. “Ele está solto e a qualquer momento pode entrar e fazer algo contra mim ou contra minhas filhas, ou mesmo outras mulheres. Quero ele preso”, afirmou Marta. “Não vou desistir. É o que eu busco desde o dia que ele tocou em mim. Quando ele for preso, vou poder dormir de novo”, ressaltou.

O caso foi revelado com exclusividade pela Gazeta do Sul. A vítima fez questão de divulgar seu nome e mostrar o rosto. “Vou me expor e lutar por mim e pelas outras mulheres que sofrem esse tipo de abuso e percebem que não acontece nada”, salientou Marta Fusieger.

Publicidade

LEIA TAMBÉM: Educação é a chave contra o abuso sexual de crianças

Aviso de cookies

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdos de seu interesse. Para saber mais, consulte a nossa Política de Privacidade.