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OPINIÃO

Luís Fernando Ferreira: “Ninguém está preparado para a catástrofe”

As imagens de cidades destruídas pelas enchentes no Rio Grande do Sul são desoladoras. Casas submersas ou destroçadas pela água em dezenas de municípios, famílias que perderam tudo em questão de minutos, um número crescente de mortos. A fragilidade essencial diante do inesperado fica evidente mais uma vez.

Ninguém está preparado para uma catástrofe histórica, mas sabemos que desastres semelhantes agora tendem a se repetir. E algo pode ser feito para ao menos conter os danos? Existe planejamento efetivo para enfrentar uma nova “surpresa” climática? Há investimentos? No mínimo, uma cultura de prevenção?

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Desastres naturais não escolhem o perfil de suas vítimas. Não interessam cor, classe social ou se apoiam esse partido ou aquele. Nenhuma dessas divisões, que tantos consideram de suma importância na vida, tem valor. Mas é certo que aqueles que vivem em condições precárias estão mais expostos ao pior.

Há dez anos, estudo de cientistas brasileiros apontou que o aquecimento global causaria mudanças no padrões de chuva. As precipitações se tornariam mais fortes e frequentes, sobretudo nas regiões Sul e Sudeste, segundo o Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas. É o que vemos hoje. Em 2013, certamente não faltou quem afirmasse: conversa de ambientalista financiado por ONGs, mentira para aterrorizar a população. Aquecimento global nem existe.

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Ora, negar o problema não ajuda em nada.

Se investir em prevenção traz custos elevados para o poder público, quanto custa reconstruir uma cidade? O município de Muçum, no Vale do Taquari, está devastado. Nas palavras de seu prefeito, Mateus Trojan, “não existe mais”. A estimativa é de 15 mortos e nove pessoas desaparecidas. Em Roca Sales, o cenário não é muito diferente. O único hospital ficou totalmente destruído.

O que fica de positivo em toda essa situação é a mobilização voluntária, solidária, de muitas pessoas dispostas a ajudar. De todas as partes, todas as regiões. Pelo menos nessa hora, ninguém se preocupa com diferenças ou divisões artificiais. Importa apenas o que nos vincula, mesmo que seja a fragilidade e a necessidade de amparo diante do infortúnio.

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