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OPINIÃO

Márcio Souza: “Apertada a tecla avançar da Operação Controle”

Foto: Ronaldo Falkenback

O mundo político santa-cruzense está, novamente, em polvorosa, nesta sexta-feira, 26. Depois de momentos quentes durante a janela de transferência partidária, que deu uma ideia do que podemos esperar das eleições de outubro, o Ministério Público (MP) transformou-se na gasolina que incendeia ainda mais o período.

Os promotores do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e do MP de Santa Cruz do Sul, encaminharam à Justiça a denúncia sobre as investigações realizadas no decorrer da Operação Controle, que apurou possíveis irregularidades em processos licitatórios de obras e locações, resultantes, no cálculo do MP, de uma movimentação de cerca de R$ 47 milhões.
Para os cidadãos, que nada têm a ver com o serviço público, a consequência óbvia é a parada no andamento de iniciativas, como a duplicação da BR-471, em seu trecho municipalizado. Mas isso é algo temporário, que teria seu desenvolvimento de acordo com uma série de ritos, que poderiam atrasar mesmo, ainda mais com a incidência de chuva que temos registrado.

Os maiores danos, no entanto, são causados à imagem do segmento político, haja vista a citação de dois eleitos (vereador Henrique Hermany e o vice-prefeito Elstor Desbessel) e de quatro ex-integrantes do primeiro escalão do governo: Everton Oltramari, Valmir José dos Reis, Edemilson Severo e Márcio Martins. Eles estão entre os 20 denunciados pelo MP e que aguardam uma posição da Justiça para ver se o processo será aceito ou negado.

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É claro que esse momento chegaria, pois o MP vem realizando, de forma sigilosa, a investigação, que resulta em 40 mil páginas de material, encaminhadas ao poder Judiciário. Enquanto isso, na Câmara de Vereadores, segue o trabalho da comissão de ética, que avalia a conduta do parlamentar, Henrique Hermany. O relatório seria apresentado na última terça-feira, 23, mas teve pedido de prorrogação, devido à entrega de mais documentos do MP aos integrantes da comissão.

É importante ressaltar que, até o momento, não existem condenados. O que há é uma série de apurações da equipe do MP, que sugerem a ocorrência de ação criminosa. Em sendo aceito pela Justiça, caberá aos promotores reforçarem a acusação e aos advogados dos denunciados garantirem o direito de ampla defesa. Estamos falando de anos e anos para o desenrolar desta situação.
Até lá, tensão entre os integrantes da base aliada, que devem trabalhar esse incômodo durante o ano eleitoral; euforia entre os opositores; e observação ampliada pelos cidadãos, que avaliam cada manifestação das partes. Por certo, logo teremos os juízes dos tribunais virtuais – leia-se redes sociais -, que passarão a condenar ou inocentar sem observar a letra da lei.

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