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“Me orgulho de ter uma família política, me orgulho do meu filho”, afirma Helena Hermany

A prefeita Helena Hermany (Progressistas) escolheu não ficar em silêncio frente às ações da Operação Controle. Na manhã desta terça-feira, 14, ela convocou uma coletiva de imprensa, na Procuradoria-Geral do Município (PGM), e comentou a ofensiva deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), que afastou o vice-prefeito Elstor Desbessell (Progressistas) e o vereador Henrique Hermany (Progressistas) dos cargos por 180 dias.

Em virtudes das investigações, também foram afastados o secretário de Administração, Edemilson Cunha Severo, o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Marcio Farias Martins, o Secretário de Planejamento e Governança, Everton Oltramari, e o secretário de Segurança e Mobilidade Urbana, Valmir José dos Reis.

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O secretário de Relações Institucionais e Esporte, Everson Carvalho de Bello, acompanhou a prefeita durante a coletiva e coordenou as perguntas dos jornalistas. Antes do pronunciamento de Helena, ele afirmou que procedimentos e nomenclaturas utilizados pelo Ministério Público causaram estranheza na equipe de governo. “Parece que não houve presunção de inocência”, disse, lembrando que um afastamento de 180 dias terminaria em um momento crucial para a eleição municipal do ano que vem. “A opinião pública não perdoa.”

Já Helena relatou que ficou sabendo sobre a Operação Controle e subsequentes afastamentos nesta manhã, pela imprensa. “Em nenhum momento tive reação de pânico ou incerteza. Conheço os funcionários da comissão de licitações, são todos concursados, têm zelo pela coisa pública”, defendeu. Ela ainda garantiu que todas as solicitações que partem dela para qualquer setor são pelo progresso da comunidade, mas sempre dentro da legalidade. “Quero deixar clara a minha confiança nos funcionários, eles também estão surpresos”, ressaltou.

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Agora, a expectativa de Helena Hermany é para que as investigações e procedimentos que cabem ao MPRS sejam feitos com a maior agilidade possível. “O Ministério Público tem direito de investigar, mas que seja com celeridade. Tenho certeza de que a verdade vai prevalecer”, disse. A prefeita lembrou, ainda, que as contas do governo no ano passado foram aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) sem qualquer ressalva e que não encontrado nenhum indício da participação dela nas fraudes apuradas pela Operação Controle.

Os afastados

O vereador Henrique Hermany, filho da prefeita Helena Hermany, é um dos afastados em virtude da Operação Controle. Ele vai se pronunciar em entrevista coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira, na própria casa. Em relação ao filho, Helena foi categórica. “Quero fazer mais um desabafo: me orgulho da ter uma família política; me orgulho do meu filho, o vereador mais votado do nosso partido, me orgulho do trabalho e da integridade dele.” A prefeita lembrou outras famílias com tradição na política, como Covatti, Brum e Moraes. “Não é nenhum demérito ser de família política”, comentou.

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A prefeita contou, ainda, que conversou com o vice-prefeito Elstor Desbessell nesta manhã e que ele está muito chateado. “Elstor é funcionário aposentado, foi secretário de Fazenda duas vezes, nunca teve processo contra ele. E eu o escolhi justamente por isso”, defendeu.

O afastamento de pessoas do alto escalão da Prefeitura de Santa Cruz teria feito, segundo Helena, com que dois bons nomes desistissem da vida política. “Disseram ‘eu tô fora'”, contou. Já a prefeita afirmou ser a representante máxima do povo santa-cruzense e não ter medo. “Hoje pela manhã pensei que confio em Deus e que tudo vai se esclarecer.”

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Helena lamentou, no entanto, que essas acusações, mesmo que esclarecidas, jamais serão apagadas. “Mesmo que fique comprovado que eles não têm nada a ver, nunca mais se consegue apagar. Espero que a justiça seja feita.” A operação, para a prefeita, foi um “banho de água fria”, no trabalho que vinha sendo feito pelo Executivo. “Nunca se trabalhou tanto em Santa Cruz, tirando obras importantes do papel”, disse.

Obras

Outro assunto tratado na coletiva é a possibilidade de paralisação de obras que são objeto da investigação do Ministério Público. “É isso que me deixa triste, quem vai ser prejudicado é o povo, caso tenhamos que interromper contratos que estão trazendo progresso para Santa Cruz”, lamentou. O MPRS afirma que as fraudes causaram prejuízos que podem alcançar mais de R$ 47 milhões aos cofres públicos. “Não sei de onde saiu esse valor. Não tive acesso ao processo e, portanto, não sei do que se trata”, afirmou.

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