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SHOW DA NATUREZA

Os tons do outono: extremosas mudam a paisagem em Santa Cruz

Foto: Rafaelly Machado

Poucas imagens definem mais o outono em Santa Cruz do Sul que as fotografias que ilustram esta reportagem. As extremosas (Lagerstroemia indica) deixam as ruas da cidade com um cenário belíssimo, que rende bons registros e dispensa o termômetro para saber que as temperaturas caíram.

Em 18 de abril de 1972, a lei municipal 1.452 adotou a flor da extremosa como símbolo de Santa Cruz do Sul. A árvore floresce na primavera, em rosa, lilás e branco. No outono, ficam somente as folhas, que podem variar suas cores em tons quentes, como avermelhados e amarelados.

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Cor quente das folhas, em tons de vermelho e amarelo, aparece quando começa o frio | Foto: Amanda Engelmann/Repensar Educação

No Bairro Goiás, as extremosas colorem as ruas e cobrem as calçadas com as pequenas folhas que caem e dão certo trabalho aos moradores. O que é recompensado pelo show da natureza que, a cada estação, renova seus exemplares. Na esquina da casa do jardineiro Dilceu Friedrich, de 59 anos, há três extremosas. Para complementar a beleza do local, ele cultiva flores na base das árvores e ajuda a manter o local limpo e bonito.

Morador do bairro há mais de duas décadas, ele começou a trabalhar com jardinagem há seis anos, quando resolveu fazer do passatempo uma profissão. “Eu era do interior, sempre mexi com a terra. É uma terapia, trabalho o dia todo e não me estresso. Eu me concentro naquilo ali e deu.”

Moradora do Bairro Senai, Luana dos Santos, de 35 anos, não sabia que a árvore simbolizava Santa Cruz do Sul. “É bonito, eu tenho na frente da minha casa uma que dá a flor rosa”, observa a auxiliar de cozinha.

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Época de poda

O secretário municipal de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade, Jaques Leo Eisenberger, explica que Santa Cruz do Sul tem a lei 6.447, de 2012, que institui o plano diretor de arborização. Neste período de maio a setembro ocorrem as podas: as programadas, nas áreas onde são necessárias, e as execuções pontuais, quando é necessária a reposição nos locais onde as árvores foram suprimidas.

O secretário salienta que toda vegetação possui recomendações para poda. Por exemplo, como fazer em ramos que estão secos; limite máximo de 30% da copa e podas de condução e de elevação da copa – quando está muito baixa, atrapalhando o fluxo de pessoas na calçada.

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O jardineiro Dilceu Friedrich complementa a beleza da árvore plantando flores na base | Foto: Rafaelly Machado

Ainda conforme Eisenberger, para podar qualquer árvore que está em passeio público é preciso solicitar autorização à Prefeitura. Caso contrário, o cidadão pode estar sujeito a autuação.

Andreas Kohler, biólogo e professor da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), explica o porquê da mudança de cor das folhas no outono. “Elas param o crescimento, retiram os compostos químicos que podem aproveitar das folhas – por isso vão mudar a cor – e se preparam para o inverno. Por isso vem a época de corte, ou seja, mesmo cortando agora elas já armazenaram nutrientes suficientes para brotar na primavera”, destaca.

Além disso, o biólogo destaca que a poda deve acompanhar a dos anos anteriores, cortando os ramos secos, mais grossos e entrelaçados, aumentando o fluxo do ar na copa. “Evite podar em excesso. Galhos novos, finos e curtos podem permanecer, facilitando a rebrota. E cuidado com fio de luz.”

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