Formanda do curso de Farmácia da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), a acadêmica Nayanna Dias Bierhals traçou um perfil epidemiológico, clínico e genético das pessoas que se infectaram com o SarS-CoV-2 (coronavírus) em Santa Cruz do Sul. O estudo integrou o trabalho de conclusão da graduação da estudante. Uma das principais descobertas apresentadas é que a genética do hospedeiro pode ser considerada um fator de risco ou de resistência para infecção e o desenvolvimento do vírus no organismo.

Os dados foram coletados entre abril de 2020 e maio de 2021, contendo voluntários contatados por meio da mídia tradicional e também indivíduos participantes do programa de reabilitação cardiorrespiratória do Hospital Santa Cruz (HSC). A média de idade dessas pessoas é de 45 anos, sendo 63% mulheres e 37% homens. Elas responderam a um questionário com informações pessoais e sobre os sintomas percebidos durante o ciclo da doença.

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O sintoma citado com mais frequência foi a cefaleia (dor de cabeça), enquanto o menos frequente foram as erupções cutâneas (manchas e bolhas na pele). Chama a atenção, ainda, a diferença entre os sexos: nos homens são mais comuns as manifestações que sugerem a doença, como febre, tosse e falta de ar. Já nas mulheres, os sintomas neurológicos, como dor de cabeça e perda de olfato e paladar, se sobressaíram.

Outro ponto de destaque diz respeito às comorbidades: mais de 70% das pessoas que contraíram a doença e precisaram de internação possuíam pelo menos um fator de risco, com predominância da obesidade. Entre os homens hospitalizados, 80% eram obesos. O tempo médio de internação foi de 10,5 dias, e todos os pacientes que permaneceram por um período superior a esse tinham pelo menos uma comorbidade. Foram relevantes também a hipertensão arterial, problemas cardiovasculares e diabetes.

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