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DICA DO ROMAR

Um libelo contra a colonização das mentes no mundo

O queniano Ngugi wa Thiong’ é, há muitos anos, um candidato recorrente ao Nobel de Literatura, e, cá entre nós, já devia ter sido agraciado com esse prêmio, por uma questão de justiça. É uma das vozes mais criativas e vigorosas da África na atualidade. Aos 87 anos, tem uma obra prolífica em narrativa de ficção e em livros de cunho memorial, no qual salienta a riqueza da formação que obteve desde pequeno em sua aldeia natal, nos confins de sua nação. Sonhos em tempos de guerra, pela Biblioteca Azul, e Um grão de trigo, pela Alfaguara, dois livros seus anteriormente disponíveis no Brasil, são obras-primas contemporâneas.

Agora, nova obra de Thiong’o a chegar às livrarias brasileiras promete fomentar um interessante debate. Descolonizando a mente: a política linguística na literatura africana acaba de ser editado pela Dublinense, com tradução de Hilton Lima, com 224 páginas, a RS 74,90. Em tom de ensaio e reflexão, o autor comenta sua decisão de parar de escrever em inglês, de forma definitiva, para se expressar, a partir de agora, somente em sua língua mãe africana.

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Thiong’o fez boa parte de sua formação superior na Europa e passou a escrever em inglês com muita fluência, ganhando o mundo. O problema é que é também a língua do colonizador, que ocupou e espoliou seu país e boa parte da África ao longo dos séculos 18, 19 e 20. A posição de Thiong’o, assim, assume uma conotação política, para descolonizar também a própria forma de pensar
e de se expressar.

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