A polêmica sobre o possível aumento no número de sessões ordinárias na Câmara de Santa Cruz teve novas repercussões. A discussão começou após o líder de governo, Henrique Hermany (PP), anunciar um projeto para implantar uma segunda reunião semanal.

Na manhã desta segunda-feira, 25, em entrevista à Rádio Gazeta, o presidente do Legislativo, Ilário Keller (PP), voltou a afirmar que não vê necessidade de aumentar o número de sessões. Mas foi além: estimou que, na hipótese de se criar três sessões (como previa uma emenda apresentada pela bancada do PTB), o custo para os cofres públicos ficaria entre R$ 1,5 milhão e R$ 2 milhões por ano só em recursos humanos. “Em vez de uma pauta, seriam três pautas, então isso envolve um trabalho muito grande. Hoje nós trabalhamos enxuto, com em torno de dez funcionários na parte da administrativa. Acredito que, fazendo três reuniões semanais, certamente vamos ter que aumentar esse quadro pelo menos para 20 pessoas”, alegou.

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À noite, já durante a sessão ordinária, a líder do PTB, Nicole Weber, anunciou que, em função do impacto orçamentário, a bancada decidiu por retirar a emenda. “Somos contra quaisquer precedentes a fim de que se gerem ainda mais custos desnecessários ao contribuinte. Entendemos que não tem lógica fazê-lo só para que projetos do Executivo sejam aprovados de forma mais rápida”, alegaram os petebistas em nota, após a sessão.

Henrique Hermany solicitou um levantamento mais aprofundado sobre o impacto da medida. Os vereadores também decidiram criar uma comissão para discutir uma reforma regimental mais ampla. Uma das metas é revisar a dinâmica das reuniões, a fim de torná-las mais objetivas.

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