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LUÍS FERNANDO FERREIRA

Em face do extremo

No mundo inteiro, setembro é o mês dedicado à prevenção do suicídio. Assunto ainda tratado de forma reticente por alguns, como um tabu, algo que é melhor não comentar. Mas falar abertamente pode ajudar a evitar novos casos, sobretudo entre jovens de 15 a 29 anos – a faixa mais afetada hoje em dia, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).

Diferentes fatores, motivos ou gatilhos podem levar uma pessoa à decisão de tirar a própria vida. Em geral há transtornos mentais associados, o que inclui doenças de gravidade ainda incompreendida e subestimada, como a depressão.

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) fez neste ano um mapeamento global de transtornos mentais. O estudo apontou que o Brasil tem a maior prevalência de casos de depressão e ansiedade patológica no mundo. Em torno de 9,3% dos brasileiros estão nessa condição. Depois vêm Paraguai (7,6%), Noruega (7,4%), Nova Zelândia (7,3%) e Austrália (7%). E ansiedade e depressão, como se sabe, têm um vínculo estreito.

O problema não é novo, mas as fontes de ansiedade aumentaram nos últimos anos. A exposição excessiva estimulada pelas redes sociais, a dependência nem sempre sadia de “conexões” virtuais e o cyberbullying somaram-se a velhas angústias. E o Brasil ainda é um país cuja população tem acesso limitado a bons serviços de saúde mental. Demora em consultas e falta de medicamentos são mazelas recorrentes. No extremo da dor e do medo resultantes do sofrimento psíquico, vem o suicídio.

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Nesta semana, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) divulgou o Informe Epidemiológico Suicídio e Lesão Autoprovocada, com dados referentes a 2022. Segundo o Informe, a região da 13ª Coordenadoria de Saúde, que abrange Santa Cruz do Sul, Vera Cruz, Candelária e outras cidades, tem um dos maiores índices de suicídio do Estado. A média ficou entre 20,3 e 21,3 para cada 100 mil habitantes.

Mudar nossa forma de lidar com o sofrimento – próprio e alheio – é o primeiro passo para quebrar a cadeia que leva à autodestruição. Sem pré-julgamentos. Sabemos menos sobre a mente humana do que imaginamos.

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