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SOLIDARIEDADE

Onda de frio intensifica ações de assistência com reforço no serviço de abrigagem

Foto: Alencar da Rosa

As abordagens são diárias, mas nem sempre as pessoas aceitam ir para o Albergue

Com a chegada da forte onda de frio nesta semana, a Prefeitura de Santa Cruz do Sul intensificou os trabalhos no Albergue Municipal. Na noite dessa terça-feira, 17, a equipe da casa de passagem também fortaleceu o serviço das abordagens sociais, chamando pessoas em situação de rua para irem até o local, onde elas têm acesso a banho, alimentação e pernoite.

O titular da Secretaria de Habitação, Desenvolvimento Social e Esportes, Everson Carvalho de Bello, enfatiza que há aproximadamente 30 dias um trabalho intensivo vem sendo realizado, com ações como a recuperação das instalações e a aquisição de materiais mais pesados para o inverno. “Para quinta-feira, 19, estamos organizando uma feira onde eles podem renovar o enxoval deles, porque sabemos que têm poucas peças de inverno. Estamos recebendo doações, principalmente de roupas masculinas.”

Na noite dessa terça, antes da realização das abordagens, a equipe de saúde do Consultório de Rua fez triagens para dar início aos tratamentos de eventuais problemas.

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Na noite desta terça-feira, em torno de 30 pessoas abrigaram-se no Albergue Municipal. O processo de check-in está sendo melhorado, conforme o secretário municipal. “Essa informatização visa construir dados mais concretos a respeito do perfil e das necessidades, para que a gente possa melhorar o atendimento para todos.”

Bello frisa que a população deve colaborar não dando dinheiro para as pessoas que estão nessa situação. “O dinheiro acaba alimentando o vício e estimulando que eles permaneçam na rua.” A Gazeta do Sul acompanhou abordagens em três pontos de Santa Cruz. Porém, nas três situações, as pessoas abordadas se recusaram a ir para o Albergue.

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O Albergue Municipal é um serviço da Proteção Social Especial de Alta Complexidade, denominado Serviço de Acolhimento Institucional para adultos em situação de rua. Recebe usuários vindos por demanda espontânea e por encaminhamento da equipe da Abordagem Social, vinculada ao Albergue, que realiza a busca ativa dessa parcela da população durante o dia e a noite. Conta com serventes, educadores/ cuidadores, coordenação e assistente social. Eles fazem o manejo dos acolhidos e a busca de vínculos afetivos dos usuários, visando a reinserção familiar ou comunitária.

Horário: 19 horas às 7 horas. A partir de 13 de junho, passará a funcionar 24 horas, em decorrência da chegada do inverno e do frio mais intenso.

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Capacidade: até 50 pessoas, com ambiente climatizado, além de camas adequadas ao pernoite e oferta de banho e material de higiene para asseio pessoal, bem como jantar e café da manhã. Durante o período de 24 horas de funcionamento, oferecerá café da manhã e da tarde, almoço e jantar.

Nos últimos 30 dias, houve a aquisição de cobertas para os usuários do serviço | Foto: Alencar da Rosa

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Defesa Civil alerta para efeitos da tempestade subtropical

A tempestade subtropical se intensificou e avançou em direção ao Rio Grande do Sul. Os maiores riscos ocorreram em relação às fortes rajadas de vento sobre todo o Estado, especialmente nas áreas da faixa litorânea, Região Metropolitana da capital e Serra Gaúcha.

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Em um primeiro momento, a tempestade foi classificada como extratropical, pois se formou em uma região fria e costuma ocorrer no Estado. No entanto, após se deslocar para uma região aquecida, ela encontrou condições para se intensificar. Desse modo, sua classificação foi alterada para tempestade subtropical. A projeção da Defesa Civil é de que o fenômeno se afaste do Estado a partir de hoje, com a diminuição gradual dos ventos. No entanto, o mar continua agitado.

O ciclone subtropical Yakecan, que se formou no Sul do continente, foi batizado pela Marinha com essa expressão tupiguarani que significa “o som do céu”. O ciclone provoca rajadas de vento que chegam a 110 quilômetros por hora e faz estragos por onde passa.

Em Porto Alegre, na tarde dessa terça-feira, um barco conduzido por um homem de 51 anos naufragou e desapareceu na praia do Bairro Belém Novo, na Zona Sul, durante a passagem da tempestade. O condutor da embarcação continuava desaparecido até o início da noite de dessa terça.

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No município de São José dos Ausentes, na Serra, neve foi registrada durante a tarde. Em outras cidades, como Cambará do Sul, ocorreu chuva congelada. No Uruguai, um homem morreu em decorrência do ciclone.

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Tempestade causa morte, traz neve pela primeira vez e muda rotina no Sul

A tempestade subtropical Yakecan já está mudando o clima nos Estados da Região Sul do Brasil, vai baixar as temperaturas em metade do País nos próximos dias e já causou pelo menos uma morte. Entre os efeitos prováveis estão rajadas de ventos fortes, de até 120 quilômetros por hora, e possível ocorrência de neve em Rio Grande do Sul, Santa Catarina e sul do Paraná, na região da Serra de Palmas.

Esse sistema de baixa pressão começou como um ciclone extratropical, muito comum, juntamente com uma frente fria no fim de semana. “Mas na segunda-feira se desprendeu dessa frente fria e começou a se movimentar do mar em direção ao continente, com trajetória típica de furacão”, observa Estael Sias, meteorologista da Metsul. Isso não significa que a tempestade vai se tornar um furacão. Em linhas gerais, o ciclone é um sistema de baixa pressão atmosférica em que o vento gira no sentido horário.

É um fenômeno muito abrangente na escala de centenas de quilômetros, ou seja, pode ter o tamanho de um Estado, bem diferente dos tornados, que são pontuais, podem ter ventos de mais de 400 quilômetros por hora e são visíveis a olho nu. Já os ciclones são vistos em sua totalidade geralmente em imagens do espaço, de satélites.

“Para que essa tempestade virasse furacão teria de ter vento sustentado acima de 118 quilômetros por hora, por alguns minutos ou horas de duração, mas nenhum modelo indica isso”, afirma Estael. Em seu movimento, o ciclone impulsiona a massa de ar polar do polo sul para dentro do continente, derrubando as temperaturas.

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Mudança de rotina

Um fenômeno climático dessas proporções está chamando a atenção por já apresentar impacto direto na vida das pessoas. Em Porto Alegre, na segunda-feira, um pequeno barco com três pescadores naufragou no Lago Guaíba, causando a morte de uma pessoa.

O corpo de Ademar Silveira da Silva, de 51 anos, foi achado pelos bombeiros. Os outros dois tripulantes conseguiram se salvar.

No município de Rio Grande, no extremo Sul do Estado, os ventos chegaram a 95 km/h nas Praias do Cassino e na Barra. Toda a costa litorânea está sob alerta e a Marinha do Brasil orienta as embarcações para que não naveguem, em razão do mau tempo e de grandes ondulações que podem ultrapassar os quatro metros.

Já a cidade serrana de Urupema, em Santa Catarina, amanheceu com neve. Este foi o primeiro registro de 2022, mais de um mês antes do início do inverno. O fenômeno foi registrado no Morro das Antenas, a pouco mais de 1,3 mil metros de altitude. Houve ainda registros posteriores em São José dos Ausentes e Cambará do Sul, na região dos Campos de Cima da Serra.

Em Porto Alegre, as aulas da rede municipal foram suspensas nos turnos da tarde e noite desta terça. Segundo a prefeitura, “a decisão foi tomada para preservar a segurança dos alunos e das equipes’’. O mesmo ocorreu em Canoas, Eldorado do Sul, Guaíba, Cachoeirinha, Gravataí e Glorinha.

Nessa segunda-feira, 16, o Ministério do Desenvolvimento Regional, por meio da Defesa Civil Nacional, sugeriu à população evitar sair de casa durante a tempestade, buscar locais mais protegidos, caso esteja na rua, desligar a energia da tomada e fechar a saída de gás do botijão.

Enquanto isso, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) emitiu um alerta recomendando que condutores evitem trafegar com veículos leves pelas rodovias do Rio Grande do Sul.

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