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SEGURANÇA

O mapa dos homicídios em Santa Cruz do Sul no ano de 2021

Polícia Jovem de 26 anos foi executado a tiros ontem. Dos sete homicídios no município em 2021, foi o segundo no bairro Arroio Grande.

Ao cabo dos nove primeiros meses do ano, o saldo de assassinatos em Santa Cruz do Sul subiu para 11 com a morte do jovem Jean Antônio Lopes Dias, de 25 anos, na última quinta-feira, no Bairro Progresso. Ele foi morto com cinco tiros de revólver às 22h30, na frente da casa em que morava com os pais, na Rua Arthur Alberto Rabuske. Moradores das redondezas relataram que ouviram os disparos e depois o barulho de uma moto saindo do local. Conforme a Brigada Militar (BM), Jean tinha antecedentes policiais por roubo, estelionato e lesão corporal.

A Gazeta do Sul fez um mapeamento dos assassinatos ocorridos até o momento no município. As mortes, todas de homens, aconteceram em oito bairros – Progresso (3), Arroio Grande (2), Bom Jesus, Margarida, Santa Vitória, Santo Inácio, Rio Pardinho e Universitário –, sendo oito na Zona Sul e três na Zona Norte da cidade. A média até o momento em Santa Cruz aponta que pelo menos um homicídio acontece a cada 24 dias. Com base nessa análise, pode-se ter a impressão de que os casos revelam uma média alta. No entanto, na comparação com anos anteriores, a tendência é de queda, ainda que faltem três meses para terminar o ano.

Em dados revelados pela BM, em 2018 foram 27 homicídios no município. Em 2019 houve 22 e em 2020 foram 30. Se comparado somente o mesmo período desses anos em relação ao atual, em 2018 foram 16, em 2019, 13, e em 2020, 21, todos acima do número atual. Dos casos de 2021, sete ainda não foram esclarecidos pela Polícia Civil. Confira o que se sabe sobre cada um até o momento.

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Márcio Schwengber
O primeiro homicídio do ano foi o de Márcio Schwengber, de 31 anos, morto com dois tiros às 3 horas de 1º de janeiro. Ele jantava em sua casa em Travessa Dona Josefa, Rio Pardinho, quando um Gol parou em frente ao local e um ocupante o chamou. Ao atender ao chamado, foi alvejado. As motivações do assassinato ainda são incertas. Sabe-se que Márcio tinha antecedentes por posse de arma e por dois homicídios, e chegou até a ser preso. Foi solto pouco antes de morrer. Os investigadores da 1ª DP buscam confirmar suspeitas de que sua morte tenha relação com algum desses crimes nos quais esteve envolvido. (EM INVESTIGAÇÃO)

Natalício Rodrigues
Natalício, 34 anos, foi assassinado a tiros à 1h15 de 14 de julho. Foi o oitavo homicídio no ano. O crime ocorreu na Rua São Luiz, Bairro Universitário. A vítima era natural de Vera Cruz e tinha antecedentes criminais por furto e lesão corporal. É o caso da 1ª DP mais próximo de ser concluído. Embora o inquérito ainda não tenha sido fechado, a autoria já está identificada. A motivação teria sido uma desavença de Natalício com outras pessoas, em circunstâncias a serem ainda esclarecidas em sua totalidade. (EM INVESTIGAÇÃO)

Carlos de Moura
Carlos de Moura, de 23 anos, foi morto a tiros na tarde de 31 de agosto, na frente de sua casa, na Rua Santa Mônica, Bairro Universitário. Foi o nono homicídio do ano. Recente, ainda carece de provas. Segundo a
1ª DP, nenhuma linha investigativa está descartada. (EM INVESTIGAÇÃO)

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Deangellis Zinn
O quinto homicídio no ano é o caso mais emblemático até o momento. Deangellis dos Santos Zinn, de 23 anos, foi assassinado no dia 21 de março, junto ao campo do Bom Jesus, com 56 disparos de pistola calibre 9 milímetros equipada com seletor de rajada. A 2ª DP apurou que os matadores chegaram em uma caminhonete. O autor dos disparos cumpria pena com tornozeleira eletrônica e a motivação para o homicídio teria sido uma briga de rua dias antes do fato, quando Zinn, junto de outras pessoas, espancou um homem ligado a líderes da facção Os Manos.Todos os envolvidos identificados são de Santa Cruz, descartando-se uma hipótese da época do assassinato, de que pistoleiros da Capital teriam sido contratados. Até o momento, ninguém foi preso. A 2ª DP corre para confirmar as suspeitas. Novidades do caso devem ser reveladas em poucas semanas. (EM INVESTIGAÇÃO)

LEIA MAIS: Santa Cruz teve cinco homicídios nos primeiros 80 dias de 2021

José de Oliveira
Sem identificar uma possível motivação, o inquérito que apurou o terceiro homicídio do ano, de José Valdemar de Oliveira, 33 anos, ocorrido no dia 30 de janeiro no Bairro Santa Vitória, foi concluído pela 2ª DP. Oliveira foi chamado por um vizinho na Rua Abraão Tatsch e foi atingido com três golpes de faca, por volta das 7 horas. O autor das facadas, de 36 anos, foi preso em flagrante pela Brigada Militar e conduzido ao presídio. (CONCLUÍDO)

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Leonardo Alfredo Bernhard
Leonardo Alfredo Bernhard, o “Leozinho”, foi assassinado na noite de 23 de abril, dentro de sua casa, na frente da esposa e da filha. Foi o sexto homicídio do ano. O jovem de 25 anos tinha antecedentes por tráfico e ameaça. Segundo testemunhas, por volta das 22 horas, homens encapuzados invadiram a residência na Rua Edmundo Baumhardt, em um local conhecido como Aldeia, no Bairro Margarida, e efetuaram diversos disparos de arma de fogo contra ele. Na sequência, os bandidos fugiram do local. Segundo a 1ª DP, nenhuma linha investigativa está descartada até o momento. (EM INVESTIGAÇÃO)

Adão de Oliveira
Adão de Oliveira foi morto na tarde de 5 de janeiro, enquanto trafegava de bicicleta pela Rua São Roque, no Bairro Arroio Grande. Foi surpreendido por uma dupla em uma moto e assassinado com 18 disparos de pistola calibre 9 milímetros. Foi o segundo homicídio do ano. A 2ª DP esclareceu que a causa foi uma vingança por ele ter matado um homem no Bairro Progresso em 1999. O matador de Adão, de 40 anos, era irmão do indivíduo morto por ele. O outro participante, de 22 anos, foi preso em 27 de janeiro. Embora com autoria e motivações identificadas, o principal autor jamais foi encontrado e segue foragido. (CONCLUÍDO)

Erickson Pires
Erickson da Silva Pires, de 26 anos, foi morto com três tiros de revólver calibre 38 no dia 17 de maio, na chamada “Nova Imigrantes”, no Bairro Arroio Grande. Foi o sétimo homicídio do ano. A 2ª DP concluiu que dois apenados foram os mandantes do crime, levado a cabo por três jovens que estavam em um carro. Pires tinha dívidas relacionadas ao tráfico com um dos presos. O atirador foi detido e os outros dois autores, por terem menor participação, aguardam o processo em liberdade. Os cinco envolvidos irão responder por homicídio duplamente qualificado. (CONCLUÍDO)

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Carlos Brandão
O ciúme foi o motivo do quarto homicídio do ano, em 14 de fevereiro. Carlos Rogério Brandão, de 20 anos, foi alvejado com dez disparos de pistola. A 2ª DP apurou que o autor invadiu a casa onde ele estava, no Bairro Progresso, e disparou. O assassino tinha um envolvimento amoroso com uma mulher. Houve separação. Nesse meio tempo, a vítima teve um rápido relacionamento com ela, o que não foi aceito pelo antigo companheiro. O autor, de 23 anos, foi preso em flagrante pela Brigada. Vai responder por homicídio qualificado. (CONCLUÍDO)

LEIA MAIS: Poderio bélico de atiradores surpreende polícia em morte no Bom Jesus

Roberson de Souza
A 2ª DP investiga o décimo homicídio, ocorrido na noite de 21 de setembro. Roberson de Souza, de 24 anos, foi morto com seis disparos, no Bairro Progresso.
(EM INVESTIGAÇÃO)

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Jean Lopes Dias
O 11º caso foi a morte de Jean Lopes Dias, 25 anos, assassinado na última quinta-feira na Rua Arthur Alberto Rabuske, Bairro Progresso, com cinco tiros. A 2ª DP já coleta provas. (EM INVESTIGAÇÃO)

O que dizem os delegados
Os delegados responsáveis por investigar os crimes de homicídio são os titulares da 1ª e da 2ª delegacias de Polícia, Ana Luisa Aita Pippi e Alessander Zucuni Garcia, respectivamente. “Os homicídios são prioridades na nossa delegacia, tanto estes dolosos contra a vida quanto os de trânsito ou mesmo os tentados. Nossos casos ainda estão sendo investigados. Dentro do nosso alcance, estamos fazendo o possível para identificar as autorias. Existem suspeitas, mas precisamos trabalhar com provas”, afirmou Ana Luisa Aita Pippi.

Alessander Zucuni Garcia apontou um conjunto de elementos como justificativa para a queda nos números em relação aos anos anteriores. “Entendo que foi fundamental o trabalho das forças de segurança da cidade e, falando do nosso trabalho, a prisão de algumas lideranças do crime organizado colaborou para essa queda. Isso auxiliou nessa tendência positiva. Ainda, em nível de Estado, a transferência de alguns presos importantes para presídios federais também contribuiu.”

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