Das mais de 4 mil pessoas que trabalham para colocar em funcionamento a Oktoberfest, cerca da metade – mais de 2 mil trabalhadores – trabalha sem receber nada. Eles são os voluntários que, ilustres ou anônimos, emprestam força, dedicação e suor à Festa da Alegria. O evento chega agora ao último fim de semana também graças ao empenho deles.
Um desses colaboradores atua para garantir a segurança de todos os outros. Gilberto Limberger coordena a equipe privada de segurança e faz o meio-campo entre as polícias Civil e Militar, ambas presentes no parque. Ele é voluntário desde 1996. “Em alguns anos não estive envolvido, mas sempre que possível a gente está aqui”, relata. Sob o comando de Limberger estão 140 profissionais, com toda a responsabilidade de manter a ordem e a tranquilidade dentro do parque.
João Goerck é o coordenador do desfile há 29 anos. “Assumi logo após a mudança, que tornou os desfiles mais parecidos com o que são hoje. Desde então, não consigo deixar a Oktoberfest.” O amor à tradição germânica e à própria festa é o combustível que o move. “Outros eventos dependem do sucesso desta festa. Também por isso a gente se empenha tanto. Somos voluntários porque gostamos e também porque a cidade necessita disso.”
Presidente por três vezes, em 1999 e 2012 e agora, em 2019, Ênio Wermuth, ao lado da esposa Odeti, está envolvido desde a primeira Oktoberfest. Para a conta deles, neste domingo encerra-se a 35ª edição com a assinatura do casal. De recepcionista, Wermuth e Odeti viraram presidente e primeira-dama, e se orgulham por isso. “Estamos envolvidos em todas as edições. Em algumas de forma mais direta; em outras, acompanhamos um pouco mais de longe. Mas estamos sempre aqui, pois Deus é muito bom e nos permite participar”, ele comenta.
Odeti é a segunda mãe das soberanas desde 1994. Acompanha as cortes, aconselha-as e passa o dia em volta da rainha e princesas. “Elas são um pouco filhas também. Não tive filhas mulheres. Agora, todos os anos, tenho pelo menos três”, brinca. Para ela, satisfação é o que resume o trabalho dedicado à Oktoberfest.
Primeira impressão
Embora não sejam voluntários, os recepcionistas da Oktoberfest fazem o atendimento aos visitantes, desde o credenciamento dos menores de idade até a entrada no parque. Na manhã deste domingo, eles abrirão o desfile temático.
Tatiana da Silva já atua como recepcionista há cinco anos. No restante do tempo, sem Oktoberfest, ela trabalha na Souza Cruz. O mês de outubro ela reserva para o serviço na festa. “Gosto do atendimento junto com as crianças. Para ser recepcionista, é preciso gostar de gente, e eu adoro lidar com o público”, salienta.
Para Tatiana, desenvolver essa atividade na Festa da Alegria é uma recompensa, não tarefa. “Nosso serviço é muito importante para a Oktoberfest. Por isso, temos a satisfação de trabalhar como recepcionistas”, frisa.